Bombeiros trabalham no resfriamento dos escombros - Divulgação/ Bombeiros
Bombeiros trabalham no resfriamento dos escombrosDivulgação/ Bombeiros
Por O Dia

São Paulo - O capitão do Corpo de Bombeiros Marcos Palumbo confirmou no início da tarde desta quarta-feira mais três vítimas oficialmente desaparecidas: uma mãe, Selma Almeida da Silva, de 48 anos, e dois filhos gêmeos (Welder e Wender, de 9 anos) que moravam no 8° andar do prédio. A quarta vítima foi identificada como Ricardo Amorim, de 30 anos, que estava sendo resgatado no momento em que o edifício ruiu. A Prefeitura acabou de confirmar oficialmente as identidades das pessoas desaparecidas. Segundo os Bombeiros, ao todo 49 pessoas que viviam no prédio ainda não se apresentaram.

"Um homem veio fazer a reclamação oficial para a assistência social de que a sua mulher e dois filhos gêmeos que moravam no 8° andar estariam desaparecidos. Ele já procurou, já fez telefonemas. A assistência social está ajudando porque ela poderia ter sido transferida para outro albergue", disse Palumbo "No mais, não foram localizadas essas outras possíveis vítimas, então assimilaremos essas pessoas como desaparecidas em nossa ocorrência. Então passaremos a quatro vítimas no local", afirmou o capitão.

Procura por parentes

No local, pessoas já começam a procurar por parentes que estariam desaparecidos. Marlene Ribeiro está à procura do ex-cunhado, Francisco Lemos Dantas. Segundo ela, Dantas morava no oitavo andar do prédio havia um mês. Era confeiteiro e tinha 56 anos. "Um sobrinho nosso falou com ele por volta das 22h da segunda. E depois não conseguiu mais. O celular só dá caixa postal", disse ela.

No total, os bombeiros consideram o número de quarenta e nove pessoas desaparecidas. O número é baseado no cadastro para se morar no edifício e em informações de familiares. As informações são do Corpo de Bombeiros. Oitenta agentes e 27 viaturas continuam com as buscas no local.

"Nós estamos fazendo nesse momento da ocorrência uma busca superficial, nós só conseguimos trabalhar com maquinário pesado a partir de 48 horas de ocorrência", disse o capitão Leandro Dahora.

Por volta das 10h desta quarta-feira retroescavadeiras começaram a ser utilizadas, mas apenas nas beiradas já vistoriadas pelos bombeiros. Na área chamada de quadrante um, foram encontrados o cabo rompido e outros dois materiais utilizados no resgate de Ricardo. "Foi muito rápido como tudo aconteceu, em cinco segundos o prédio já havia colapsado", comentou o capitão.

Segundo ele, existe a possibilidade de encontrar sobreviventes até com uma semana de atividade. "Porém conforme o tempo vai passando, vai diminuindo essa possibilidade. Infelizmente é uma luta contra o tempo."

*Com informações do Estadão Conteúdo

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