Ex-presidente Dilma Rousseff - AFP/Nelson Almeida
Ex-presidente Dilma RousseffAFP/Nelson Almeida
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - Na saída da visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira, 31, a também ex-presidente Dilma Rousseff contou a jornalistas que a situação da Petrobras foi uma das pautas de discussão entre os petistas. Lula foi condenado e está preso desde o mês passado, na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR). "Lula discutiu comigo como está sendo destruída a maior empresa estatal brasileira", afirmou.

Dilma destacou algumas diferenças entre as políticas de preço que são adotadas atualmente para o petróleo, de livre mercado, e as definidas em seu governo, consideradas mais restritivas. "Se você deixar os preços fluírem de acordo com o andamento do mercado, você tem vários fatores que influenciam", disse a ex-presidente. Dentre estes fatores, ela citou as tensões nos acordos firmados entre os Estados Unidos e o Irã, e a queda na produção da Venezuela que, segundo Dilma, já esteve em 2,5 milhões de barris por dia e agora está em 1,5 milhão de barris por dia.

Os ajustes nas taxas de juros norte-americanos, que fazem com que com que o dólar suba, configuram outra justificativa para que o "petróleo brasileiro não seja dolarizado", afirmou Dilma.

A petista ainda criticou "o processo de privatização do refino" e acredita que esta seja uma ferramenta para "abrir o mercado brasileiro desnecessariamente à importação de petróleo". Além disso, Dilma acrescentou que Lula está indignado e lembra de feitos importantes realizados no governo do PT, como a exploração do pré-sal e a "ampliação das refinarias", para se manter confiante em meio à situação adversa em que se encontra. 

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