Datena no comando do 'Brasil Urgente' - Reprodução
Datena no comando do 'Brasil Urgente'Reprodução
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - Depois do apresentador Luciano Huck e do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal. (STF) Joaquim Barbosa, um novo outsider poderá entrar na disputa nas eleições deste ano. Desta vez, é o apresentador José Luiz Datena, da rádio e TV Bandeirantes quem se apresenta.

Recém-filiado ao DEM, Datena reforçou seu desejo de concorrer a uma vaga no Senado, provavelmente na chapa do ex-prefeito João Doria (PSDB), pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes, mas disse que avalia também o lançamento de uma candidatura à Presidência, como revelou o site BR18, do Grupo Estado, dedicado a análises e notícias sobre as eleições e a política. A participação como vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato à Presidência, é outra opção que está no radar do apresentador.

Em 2016, Datena chegou a pensar em disputar a Prefeitura de São Paulo. Agora, nestas eleições, cogitou se lançar ao Senado, voltou atrás, e nos últimos dias passou a pensar em participar da disputa, inclusive com voos mais altos.

Nesta quarta-feira, Datena se encontrou em Brasília com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pré-candidato do DEM à Presidência, para discutir a questão. Ambos afirmaram que a conversa se concentrou na candidatura de Datena ao Senado em São Paulo.

Nos bastidores, porém, o que se diz é que Maia ficou de avaliar melhor as alternativas e consultar os partidos aliados do chamado Centrão. Enquanto isso, Datena se comprometeu a conversar sobre o assunto com Johnny Saad, presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação. A ideia é os dois voltarem a falar para tomar uma decisão final nos próximos dez dias.

"Eu me proponho a ser candidato ao Senado. Agora, se pintar a possibilidade de ser candidato à Presidência da República, talvez eu tente ajudar o meu país. Quero ser candidato para ajudar o povo", afirmou Datena. "É mais uma decisão do partido do que minha. Depende das articulações, dos resultados das pesquisas."

Sua candidatura presidencial passou a ser ventilada diante da falta de um candidato com força para enfrentar Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) nas eleições presidenciais. Como a candidatura de Alckmin ainda não decolou, cresceu a preocupação no Centrão com os rumos da campanha.

Por ser uma figura conhecida dos eleitores, alguns analistas acreditam que Datena possa alcançar de largada 7% ou 8% das intenções de voto e passar Alckmin, que aparece com 5% a 6%, nas pesquisas. "Quem sabe um outsider não possa fazer alguma coisa?", pergunta Datena. "Só aparece outsider porque quem está aí não está satisfazendo."

Datena, que já foi filiado ao PT entre 1992 e 2015, e ao Partido Republicano Progressista (PRP) de setembro de 2017 a março de 2018, antes de ingressar no DEM, disse que tem "uma vontade muito grande" de ajudar o País. Ideologicamente, o apresentador se considera "mais para o centro" e um defensor da liberdade e da democracia. "No Brasil, não há liberdade para nada", disse.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, afirmou nesta sexta-feira que gosta do "jeitão" do apresentador José Luiz Datena e que estimula a entrada dele na política - mas afastou considerá-lo como um possível vice.

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