Waldir Pires - Divulgação/ Câmara de Salvador
Waldir PiresDivulgação/ Câmara de Salvador
Por O Dia

Salvador - O ex-ministro da Defesa do governo Lula, ex-ministro da Previdência Social e ex-governador da Bahia Waldir Pires morreu na manhã desta sexta-feira em Salvador, aos 91 anos. A morte de um dos mais longevos e influentes políticos baianos ocorreu um dia após o ex-governador dar entrada no Hospital da Bahia, em Salvador, com quadro de pneumonia.

De acordo com nota da unidade de saúde, ele teve uma parada cardiorrespiratória por volta de 10h e não respondeu às manobras de reanimação.

Waldir Pires governou a Bahia entre 1987 e 1989 e foi ministro da Previdência Social entre 1985 e 1986. Mais tarde, elegeu-se deputado federal em duas ocasiões: (1990-1994 e 1999-2003). Em março de 2006, assumiu o ministério da Defesa, onde ficou até julho de 2007. Em 2012, foi eleito vereador de Salvador, permanecendo no cargo até 2016.

Nascido em Acajutiba (BA), em 21 de outubro de 1926, Pires formou-se em Direito. Ingressou na política após militar no movimento estudantil, com o qual atuou nas campanhas em defesa da Petrobras.

Foi secretário de governo da gestão de Luís Régis Pacheco Pereira (1951-1955), deputado estadual e federal. Após a renúncia do ex-presidente da República Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, apoiou a posse de João Goulart, vice-presidente constitucional, cujo nome era vetado pelos ministros militares. Após o golpe civil-militar de 1964, teve seus direitos políticos suspensos e se exilou primeiro no Uruguai, depois, na França, onde se tornou professor da Faculdade de Direito da Universidade de Dijon e do Instituto de Altos Estudos da América Latina da Universidade de Paris, em 1968.

Após retornar ao Brasil, em 1970, retomou as atividades políticas. Em 1985, assumiu o Ministério da Previdência e Assistência Social durante o governo José Sarney. Em 1987, foi eleito governador da Bahia, cargo que ocupou até retornar à Câmara dos Deputados, em 1990, pela segunda vez. Em 2003, foi nomeado por Lula ministro-chefe da Corregedoria-Geral da União (CGU), posto que deixou em março de 2006, para assumir o Ministério da Defesa. À frente da pasta, enfrentou a crise do setor aéreo, uma das mais graves do governo Lula.

*Com informações do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil

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