General Augusto Heleno: ex-chefe da missão brasileira no Haiti - Reprodução / Wikipedia
General Augusto Heleno: ex-chefe da missão brasileira no HaitiReprodução / Wikipedia
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - O Partido Republicano Progressista (PRP) recusou nesta quarta-feira indicar o nome do general da reserva Augusto Heleno para a vaga de vice na chapa encabeçada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) para a disputa à Presidência nas eleições 2018. Na terça-feira, o parlamentar havia indicado que anunciaria Heleno como vice.

Sem o PRP, Bolsonaro pode optar por uma chapa com um nome do próprio PSL na vice. Há quatro nomes em discussão. Uma das saídas, segundo apurou a reportagem, seria a indicação da advogada Janaína Paschoal, filiada ao mesmo partido de Bolsonaro, como vice. Ela é uma das autoras do pedido do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff e estava cotada para disputar o governo paulista ou uma vaga na Câmara dos Deputados.

"O partido dele não quis aliança alegando compromissos regionais. Usaram um argumento Tim Maia: do tipo, 'me dê motivo'", disse o deputado major Olímpio, presidente do PSL-SP e integrante da cúpula nacional da pré-campanha de Bolsonaro.

Sobre os motivos, Olimpo usou uma frase dita pelo ex-presidente Jânio Quadros ao renunciar a Presidência da República em 1961: "Jânio chamava isso nos anos 60 de forças ocultas". Ele afirmou, ainda, que o PRP não interessava: "Nós queríamos a figura dele (do general). O PRP é indiferente para nós", disse.

A escolha de um vice virou um problema para Bolsonaro. O favorito dele para a vaga era o senador Magno Malta (PR-ES), mas as conversas foram encerradas após Malta rejeitar a proposta. Além da recusa de Malta, o PSL e o PR não chegaram a um acordo nas alianças regionais.

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