Presidente se reuniu com Pezão e Braga Netto, além de Crivella - Cesar Sales/Parceiro/Agência O Dia
Presidente se reuniu com Pezão e Braga Netto, além de CrivellaCesar Sales/Parceiro/Agência O Dia
Por O Dia

Rio - O presidente Michel Temer (MDB), declarou nesta quinta-feira que a intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro foi 'extraordinária'. Ele disse que está "satisfeitíssimo" de ter decretado a medida. Temer esteve com ministros e com o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) no Comando Militar do Leste (CML), região central do Rio, nesta quinta, onde fizeram um balanço de seis meses da intervenção federal no Rio.

Em entrevista à imprensa, Temer reconheceu que a intervenção de seis meses, perdeu os dois primeiros para organização.

"Nesses três a quatro meses, os índices de combate à criminalidade são extraordinários. E eu sei que, de vez em quando, se diz que o apoio à intervenção federal caiu de 74 para 66 [por cento], e eu mesmo me indago: qual é o setor da atividade pública que tem 66% de aprovação da população? Quando ultrapassa a margem de 50%, é extremamente favorável"

Segundo pesquisa divulgada no último dia 22, a maioria dos eleitores (59%) afirma que a ação do Exército nas ruas do Rio de Janeiro não fez diferença no combate à violência da cidade.

O governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito Marcelo Crivella também acompanharam o balanço, que foi exposto pelo interventor Walter Braga Netto.O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, o da Justiça, Torquato Jardim, o da Defesa, Joaquim Silva e Luna, e o ministro-chefe do gabinete de segurança institucional, Sérgio Etchegoyen participaram da reunião.

"Nós, na área federal, estamos satisfeitíssimos com o fato de termos decretado essa intervenção parcial. E ressaltei que muitas e muitas vezes o exemplo do Rio de Janeiro tem sido invocado por outros governos, que também vão à minha sala pedir uma intervenção federal nessa área", disse Temer.

A cúpula da segurança pública do Rio de Janeiro também estava presente com a chefia de Polícia Civil, o comando da Polícia Militar e o secretário estadual de segurança, general Richard Nunes.

O gabinete de intervenção informou que, desde fevereiro, 35 pessoas morreram em confrontos que tiveram a participação das Forças Armadas, sendo três militares do Exército. A apreensão de armas chegou a 152 unidades, sendo 86 pistolas, 37 granadas e 29 fuzis.

No período, foram detidas 518 pessoas, sendo 56 menores apreendidos. Quase 92 mil militares participaram das operações. 

Relatório divulgado no fim de julho pela Comissão Popular da Verdade (CPV) apontou aumento da violência nas favelas e periferias depois de decretada a intervenção federal no Rio de Janeiro. O documento compila informações levantadas por aplicativos, como o Fogo Cruzado, e por entidades, como o Observatório da Intervenção.

*Com informações da Agência Brasil

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