Rio - Após pedido da equipe de Jair Bolsonaro (PSL), o Itamaraty desconvidou Cuba e Venezuela da cerimônia de posse do presidente, no dia 1 de janeiro.
Neste sábado, o presidente eleito disse em seu Twitter que: "Naturalmente, regimes que violam as liberdades de seus povos e atuam abertamente contra o futuro governo do Brasil por afinidade ideológica com o grupo derrotado nas eleições, não estarão na posse presidencial em 2019". E finalizou: "Defendemos e respeitamos verdadeiramente a democracia".
A decisão de não convidar países para a cerimônia de posse de um presidente é inédita após a restituição da democracia no Brasil.
Naturalmente, regimes que violam as liberdades de seus povos e atuam abertamente contra o futuro governo do Brasil por afinidade ideológica com o grupo derrotado nas eleições, não estarão na posse presidencial em 2019. Defendemos e respeitamos verdadeiramente a democracia.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 16 de dezembro de 2018
O futuro Ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, reforçou o discurso: "Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolás Maduro para a posse do PR Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira. Todos os países do mundo devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela".
Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolás Maduro para a posse do PR Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira. Todos os países do mundo devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela.
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) 16 de dezembro de 2018
Contudo, o Ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, publicou documentos em seu Twitter mostrando que o Brasil teria sim feito o convite ao país, no dia 29 de novembro - um dia após a eleição de Jair Bolsonaro.
1/2 Aquí pueden leer las 2 notas diplomáticas oficiales enviadas por las autoridades brasileñas invitando al gobierno venezolano y al Presidente @NicolasMaduro a asistir a la toma de posesión de @jairbolsonaro: pic.twitter.com/X5WBxFmvsy
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) 16 de dezembro de 2018
O chanceler também publicou um documento revelando que a própria Venezuela teria recusado o convite, no dia 12 de dezembro, alegando que "jamais assistiria a posse de um presidente que é a expressão da intolerância, do fascismo e da entrega a interesses contrários à integração latino-americana e caribenha".
2/2 El Presidente @NicolasMaduro jamás consideró asistir a la posesión de un gobierno como el de @jairbolsonaro. Esta es la firme respuesta oficial que le enviamos a @ernestofaraujo a través de @ItamaratyGovBr el pasado 12 de diciembre: pic.twitter.com/6iB1dcC39h
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) 16 de dezembro de 2018