Presidente em exercício, General Hamilton Mourão - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Presidente em exercício, General Hamilton MourãoFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Por O Dia

Rio - O PSOL vai entrar com uma representação na Comissão de Ética Pública, contra a nomeação de Antônio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, como assessor especial do presidente do Banco do Brasil. 

Com a promoção, o salário de Antônio Hamilton Mourão será de cerca de R$ 36,3 mil por mês, aproximadamente o triplo de seu salário anterior.

“A nomeação do filho do vice-presidente, uma semana depois da posse do novo governo, não foi apenas inadequada ou extemporânea. Ela fere princípios que devem orientar a administração pública. Diante da indignação popular com a nomeação, o governo deveria voltar atrás. Sem isso, não nos resta alternativa senão provocar a Comissão de Ética Pública da Presidência da República”, afirmou Juliano Medeiros, presidente do PSOL.

Conforme informado pelo partido em nota divulgada no seu site oficial, a representação se baseia no decreto 7203/2010, que trata sobre nepotismo e conclui que são vedadas as nomeações, contratações ou designações de familiares de membros do alto escalão do governo para órgãos ou entidades ligadas a ele.

O decreto afirma expressamente que “as vedações deste artigo estendem-se aos familiares do Presidente e do Vice-Presidente da República e, nesta hipótese, abrangem todo o Poder Executivo Federal.”

Antônio Hamilton Mourão é funcionário do BB há 18 anos e trabalhava há 11 anos como assessor na Diretoria de Agronegócios. No Twitter, o vice-presidente se defendeu de acusações de nepotismo afirmando que seu filho presta "excelentes serviços" no BB, e ressaltou que ele tem "absoluta confiança pessoal do Presidente do Banco". 

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