Missão Apollo 11 mudou a maneira de ver a Terra. Nos Estados Unidos, Trump homenageou astronautas - AFP
Missão Apollo 11 mudou a maneira de ver a Terra. Nos Estados Unidos, Trump homenageou astronautasAFP
Por O Dia
Rio - Cinquenta anos após o primeiro passo do homem na Lua, o satélite natural volta a atrair o interesse da comunidade espacial, com os Estados Unidos e a China ambicionando enviar equipes para lá em 2024. Ao atingir seu objetivo, a histórica missão Apollo 11 possibilitou diversos avanços tecnológicos.
Após o "grande salto para a humanidade" do astronauta Neil Armstrong, o então presidente norte-americano Richard Nixon ofereceu rochas recolhidas pelos astronautas como lembranças da Lua para as 135 nações do planeta como sinal da boa vontade de seu país. Algumas dessas lembranças fazem parte do acervo de instituições científicas e museus. Uma história que começou a ser contada às 22h56 (horário de Houston, onde fica o centro espacial da Nasa) de 20 de julho de 1969, quando Armstrong pisou na Lua pela primeira vez.
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Ao pousar na Lua, os americanos Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram com seus próprios pés no satélite que alimentou as fantasias da Humanidade por anos. Doze americanos pisaram na Lua entre 1969 e 1972. A maioria descreveu minuciosamente suas experiências nesse terreno cheio de crateras, recoberto de poeira fina e atingido permanentemente por uma luz solar ofuscante, onde a força da gravidade é seis vezes menor do que na Terra.
O presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu ontem os astronautas Buzz Aldrin e Michael Collins, os tripulantes do Apollo 11 ainda vivos, na Casa Branca. "Amanhã (hoje) é um grande dia. São 50 anos do dia em que plantamos a linda bandeira americana na Lua", disse Trump.
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Neil Armstrong, o comandante da missão e o primeiro a pisar na Lua, morreu em 2012. Seus filhos Eric e Marke estiveram no Salão Oval. Trump pediu que se identificassem, levantando a mão. Aldrin, de 89 anos, desceu na Lua logo depois de Armstrong. Collins permaneceu em órbita lunar no módulo de comando Columbia, único meio de transporte dos astronautas para voltar à Terra.
HÁ QUEM AINDA DUVIDE
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Apesar de o pouso da Apollo 11 ter sido transmitido pela TV, milhões de pessoas no mundo estão convencidas de que o homem nunca pisou na Lua e que as imagens da Nasa foram gravadas em um estúdio de Hollywood. Um boato que antecede a história das "fake news". Bastam alguns cliques para encontrar milhares de sites na internet com teorias que questionam a realidade da missão Apolo 11.
Todas essas ideias se baseiam em supostas anomalias detectadas nas fotos e nos vídeos da Nasa. A luz e as sombras das imagens? Suspeitas. A ausência de estrelas? Prova de manipulação. Assim como a bandeira fincada por Neil Armstrong que parece ondular, apesar de somente haver atmosfera na Lua.
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O cinquentenário da chegada do homem à Lua também repercute no Brasil. A data faz com que o astronauta Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia, relembre sua experiência no espaço. Ele participou da Missão Centenário, em 2006, em um acordo firmado entre as agências espaciais do Brasil e da Rússia com o objetivo de enviar o primeiro brasileiro ao espaço.
REPERCUSSÃO NO BRASIL
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Na entrevista abaixo, Pontes rebateu terraplanistas, falou sobre a sua ambição de voltar ao espaço e relembrou como é ver o planeta de cima: "Menos de 600 pessoas na história da Humanidade estiveram no espaço. E, se você conversar com todas elas, vão dizer a mesma coisa. Você se sente muito pequenininho perante o planeta. Mas parte de uma coisa muito grande, que é esse universo todo".

O repórter Luarlindo Ernesto, de O DIA, relembra como foi cobrir a chegada do homem à Lua. Um dos jornalista mais experientes em atividade no país, Luar, como é chamado pelos colegas, conta que "tinha 25 anos, duas filhas e estava no primeiro casamento" quando participou da cobertura na redação do jornal O Globo. Cinquenta anos depois, ele escreveu um relato para relembrar como foi a sua participação na cobertura histórica (veja abaixo).
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LUAR VIU A LUA
Enquanto as péssimas imagens do pouso na Lua chegavam com atraso até a Terra, quatro jornalistas estavam a postos, já com textos prontos sobre o nosso satélite natural. Sem o Google, sem maiores informações técnicas, o remédio foi descrever as cenas em preto e branco vistas na TV, juntar com as falas dos locutores, que traduziam e informavam aos terráqueos sobre problemas da gravidade lunar, da falta de peso, da distância que os astronautas percorreram...
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A edição do jornal já estava pronta, faltando apenas fotos de agências de notícias e textos, da equipe do Rio e da Nasa. Muita atenção no que descrevíamos, tanto pela tradução simultânea como o que nós, daqui, entendíamos. Os tempos eram outros. Vejam um exemplo daquele momento: massa da Terra, massa da Lua e distância, calcule a força de atração desses dois corpos. É, amigos, foi duro ser jornalista nessa madrugada. Mas, afinal, qualquer um, atualmente, entende do assunto.
Luarlindo Ernesto é repórter de 'O DIA', 75 anos
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Cinquenta anos após o primeiro passo do homem na Lua, o satélite natural volta a atrair o interesse da comunidade espacial, com os Estados Unidos e a China ambicionando enviar equipes para lá em 2024. Ao atingir seu objetivo, a histórica missão Apollo 11 possibilitou diversos avanços tecnológicos.<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO><ctk:-15>Após o "grande salto para a humanidade" do astronauta Neil Armstrong, o então presidente norte-americano Richard Nixon ofereceu rochas recolhidas pelos astronautas como lembranças da Lua para as 135 nações do planeta como sinal da boa vontade de seu país. Algumas dessas lembranças fazem parte do acervo de instituições científicas e museus. Uma história que começou a ser contada às 22h56 (horário de Houston, onde fica o centro espacial da Nasa) de 20 de julho de 1969, quando Armstrong pisou na Lua pela primeira vez.<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO><ctk:-20>Ao pousar na Lua, os americanos Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram com seus próprios pés no satélite que alimentou as fantasias da Humanidade por anos. Doze americanos pisaram na Lua entre 1969 e 1972. A maioria descreveu minuciosamente suas experiências nesse terreno cheio de crateras, recoberto de poeira fina e atingido permanentemente por uma luz solar ofuscante, onde a força da gravidade é seis vezes menor do que na Terra.<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO><ctk:-15>O presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu ontem os astronautas Buzz Aldrin e Michael Collins, os tripulantes do Apollo 11 ainda vivos, na Casa Branca. "Amanhã (hoje) é um grande dia. São 50 anos do dia em que plantamos a linda bandeira americana na Lua", disse Trump.<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO><ctk:-10>Neil Armstrong, o comandante da missão e o primeiro a pisar na Lua, morreu em 2012. Seus filhos Eric e Marke estiveram no Salão Oval. Trump pediu que se identificassem, levantando a mão. Aldrin, de 89 anos, desceu na Lua logo depois de Armstrong. Collins permaneceu em órbita lunar no módulo de comando Columbia, único meio de transporte dos astronautas para voltar à Terra.<pstyle:MATERIA:ct\_ENTRETITULO>HÁ QUEM AINDA DUVIDE<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO\_SEM\_RECUO><ctk:-25>Apesar de o pouso da Apollo 11 ter sido transmitido pela TV, milhões de pessoas no mundo estão convencidas de que o homem nunca pisou na Lua e que as imagens da Nasa foram gravadas em um estúdio de Hollywood. Um boato que antecede a história das "fake news". Bastam alguns cliques para encontrar milhares de sites na internet com teorias que questionam a realidade da missão Apolo 11.<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO><ctk:-20>Todas essas ideias se baseiam em supostas anomalias detectadas nas fotos e nos vídeos da Nasa. A luz e as sombras das imagens? Suspeitas. A ausência de estrelas? Prova de manipulação. Assim como a bandeira fincada por Neil Armstrong que parece ondular, apesar de somente haver atmosfera na Lua. <pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO><ctk:-10>O cinquentenário da chegada do homem à Lua também repercute no Brasil. A data faz com que o astronauta Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia, relembre sua experiência no espaço. Ele participou da Missão Centenário, em 2006, em um acordo firmado entre as agências espaciais do Brasil e da Rússia com o objetivo de enviar o primeiro brasileiro ao espaço.<pstyle:MATERIA:ct\_ENTRETITULO>REPERCUSSÃO NO BRASIL<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO\_SEM\_RECUO><ctk:-25>Na entrevista abaixo, Pontes rebateu terraplanistas, falou sobre a sua ambição de voltar ao espaço e relembrou como é ver o planeta de cima: "Menos de 600 pessoas na história da Humanidade estiveram no espaço. E, se você conversar com todas elas, vão dizer a mesma coisa. Você se sente muito pequenininho perante o planeta. Mas parte de uma coisa muito grande, que é esse universo todo".<pstyle:MATERIA:ct\_TEXTO><ctk:-30>O repórter Luarlindo Ernesto, de <cstyle:\_NEGRITO\_SERIFA><ctk:-30>O DIA<cstyle:><ctk:-30>, relembra como foi cobrir a chegada do homem à Lua. Um dos jornalista mais experientes em atividade no país, Luar, como é chamado pelos colegas, conta que "tinha 25 anos, duas filhas e estava no primeiro casamento" quando participou da cobertura na redação do jornal <cstyle:\_ITALICO\_SERIFA><ctk:-30>O Globo<cstyle:><ctk:-30>. Cinquenta anos depois, ele escreveu um relato para relembrar como foi a sua participação na cobertura histórica <cstyle:\_ITALICO\_SERIFA><ctk:-30>(veja ao lado)<cstyle:><ctk:-30>.