“Um dia se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele”, disse Bolsonaro.
"Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar às conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco, e veio a desaparecer no Rio de Janeiro", continuou o presidente.
A declaração aconteceu após o presidente criticar a atuação da Ordem no caso de Adélio. “Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados [do Adélio]? Qual a intenção da OAB?", perguntou Bolsonaro.
Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira era militante do movimento estudantil e desapareceu em 1974, no Rio de Janeiro.
Desafeto de Bolsonaro, o atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, já chegou a pedir a cassação do mandato do então deputado por "apologia à tortura" quando ele homenageou o ex-coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra ao votar pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff.