Ministro da Economia, Paulo Guedes - EVARISTO SA / AFP
Ministro da Economia, Paulo GuedesEVARISTO SA / AFP
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Fortaleza - O ministro da Economia, Paulo Guedes, reclamou do que chamou de excesso de atenção para as falas e os "modos" do presidente Jair Bolsonaro, enquanto, segundo ele, o País tem tido progressos na área econômica. Ele reconheceu que Bolsonaro chamou a mulher do presidente francês, Emmanuel Macron, de feia e concordou com a afirmação. "A mulher é feia mesmo", disse.

A declaração de Guedes arrancou risos da plateia de empresários em um evento em Fortaleza, promovido pelo portal Poder360 e pelo grupo de comunicação Jangadeiro.

Guedes citou uma série de avanços, segundo ele, nas privatizações, na reforma da Previdência e no mercado de gás brasileiro. "Estou vendo progressos, mas a preocupação é com o pai da Bachelet, com a mulher do Macron", disparou o ministro.

Bolsonaro atacou a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet e seu pai, Alberto Bachelet - torturado e morto pela ditadura de Augusto Pinochet -, e exaltou o golpe militar no país vizinho.

Antes, o presidente já havia postado uma mensagem de risadas após um comentário ofensivo sobre a aparência da esposa do presidente da França, a primeira-dama Brigitte Macron, feito por um de seus seguidores.

Em um post em que falava da Amazônia, um dos seguidores da página do presidente postou uma montagem com duas fotos. Na de cima, Brigitte aparece atrás de Macron e, na de baixo, o presidente aparece com a primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, à frente. Ao lado das fotos, há um texto dizendo "Entende agora pq Macron persegue Bolsonaro?" A página do presidente da República respondeu ao seguidor com "não humilha cara. kkkk".

Guedes reconheceu os rompantes do presidente. "Tudo bem, é verdade, o presidente falou mesmo", afirmou, para em seguida concordar. "E a mulher é feia mesmo", disse, arrancando risadas na plateia.

Em seguida, o ministro disse que "não existe mulher feia, existe mulher, observada do ângulo errado". Antes, Guedes ironizou a imprensa dizendo que os "maus modos" do presidente são retratados como "ruídos".