"Interpretação de texto. Não falei nada. Eu tenho crédito nas minhas redes sociais porque não emito opinião. Mostro o que está acontecendo", disse Bolsonaro, ao desviar de perguntas sobre o tuíte.
O presidente escreveu na rede social que a situação política da Venezuela tem "reflexos" em Roraima. "Aumento da violência e população de rua, piora na saúde e educação, etc."
Em seguida, Bolsonaro sugeriu que podem ocorrer problemas parecidos na fronteira entre Brasil e Argentina pelas seguintes medidas do governo Fernández:
"1) Dupla indenização para demissão sem justa causa; 2) Elevação do imposto de exportação (grãos); 3) Imposto de 30% para compras no exterior; e 4) Volta da discussão da legalização do aborto", listou Bolsonaro.
Pedido a opinar sobre a situação política da Argentina, Bolsonaro disse: "A minha opinião é para mim. Eu não sou jornalista".
Bolsonaro e Fernández têm relação conturbada desde a campanha eleitoral na Argentina, quando o agora presidente fez acenos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro chegou a decidir não enviar representante do primeiro escalão do governo à posse de Fernández, mas recuou e o vice-presidente Hamilton Mourão esteve no evento.