Caso Flavio
Na conversa, em tom informal, Bolsonaro usava uma camiseta do Flamengo e afastava moscas com tapas no ar. Ele disse que a condução da investigação contra Flavio pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) "está sendo um abuso" e que, se teve um "estardalhaço enorme", pode ter sido por falta de materialidade do processo. "Todo poder deve ter uma forma de sofrer um controle", afirmou. "Se eu não tiver a cabeça no lugar, eu alopro".
Federalização do caso Marielle
O presidente também afirmou que "seria bom" federalizar as investigações sobre o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), mas que a medida seria "indicativo de que querem me blindar com a Polícia Federal".
Eleição em SP
Bolsonaro disse ainda não ter compromisso com ninguém na eleição para a prefeitura de São Paulo, mas afirmou ter boa relação e estar conversando com o apresentador José Luiz Datena. O presidente declarou que não prometeu apoio ao deputado federal Marco Feliciano (PSC) a prefeito de São Paulo.
Aliança pelo Brasil
Bolsonaro voltou a afirmar que o partido Aliança pelo Brasil não deve sair papel a tempo das eleições municipais de 2020: "1% de chance".
Guedes 'Patrão'
Questionado sobre questões econômicas e criação de novos tributos, o presidente disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, "é o patrão", mas que a determinação é não ter novos impostos, apenas substituir os que já existem.
Provocação a jornalistas
Bolsonaro disse que se controla ao falar com jornalistas e que a mídia o "provoca" para ter manchete. Ele disse que reflete sobre algumas declarações e que se arrepende, em alguns casos. Ele comparou a relação com a imprensa ao futebol e comparou, em tom irônico: "É igual futebol: ali na frente, de vez em quando, você mande seu colega para a ponta da praia (base da Marinha que teria sido usado como local de tortura na ditadura militar). Depois vai tomar uma tubaína com ele", afirmou.
Abraham Weintraub
Bolsonaro disse que Abraham Weintraub melhorou o Ministério da Educação ao assumir a pasta, mas revelou que fez cobranças sobre o comportamento espalhafatoso do ministro, como quando ele divulgou nas redes sociais um vídeo parodiando o filme Cantando na Chuva para dizer que estava "chovendo fake News".
STF
O presidente revelou que considera um bom nome para indicar a uma vaga do Supremo Tribunal Federal (STF) o do atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira. Também repetiu que o ministro da Advocacia Geral da União, Luiz Mendonça, é avaliado a outra vaga. Ele repetiu que pretende indicar um evangélico ao Supremo e disse que a ideia surgiu após a Corte decidir criminalizar a homofobia.
Juiz de Garantia
Bolsonaro disse que ainda está em avaliação o veto à criação do juiz de garantia no pacote anticrime. Segundo ele, o ministro da Justiça, Sergio Moro, pede para vetar o trecho, pois o custo seria elevado para contratação de novos magistrados. Já o presidente sinalizou ser favorável à presença de um segundo juiz em alguns casos. Ele usou um caso pessoal como exemplo.