MPRJ quer acompanhar medidas de atendimento e prevenção ao coronavírus nos serviços de saúde mental
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro tem o prazo de cinco dias para comunicar sobre o cumprimento das orientações
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) promoveu, nesta quinta-feira, a instauração de procedimento administrativo com o intuito de acompanhar as ações de enfrentamento ao novo coronavírus nos serviços de saúde mental do município do Rio de Janeiro. O prazo dado foi de cinco dias para que a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro comunique se a rede de serviços de saúde mental está cumprindo todas as orientações da Saúde.
As orientações contêm recomendações referentes à Covid-19 no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), tais como normas de higiene, abertura e funcionamento das unidades; orientações aos familiares e usuários; alterações na porta de entrada dos serviços de saúde mental e a respeito da estratégia de acompanhamento à distância dos usuários, entre outros pontos.
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Os médicos psiquiatras do Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro (CPRJ), do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), do Instituto Municipal Philippe Pinel, e do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ) solicitaram a adoção de medidas de proteção à saúde de pacientes com transtornos mentais internados em hospitais psiquiátrico/leitos psiquiátricos em hospitais gerais, ou pacientes que venham a ter necessidade de internação, sempre visando à proteção das equipes de saúde mental e dos pacientes frente ao novo coronavírus.
O MPRJ também fundamentou duas notícias com relatos de falta de materiais EPI’s para os profissionais de saúde atenderem os pacientes no Instituto Philippe Pinel e o óbito de dois pacientes, com suspeita de Covid-19, no Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro, onde diversos outros apresentariam quadro de febre, sem qualquer isolamento. Foi apontada, ainda, a existência de um entubado no Hospital Rocha Maia. Além disso, relatório das residências terapêuticas do Segmento III vinculadas ao CAPS Arthur Bispo do Rosário, apontam que cerca de 70% dos moradores das casas são idosos, em situação de falta de EPIs e insumos, e redução do quadro de pessoal, em razão de adoecimentos.