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A Procuradoria-Geral da República (PGR) determinou a apuração das denúncias de Paulo Marinho no âmbito do inquérito que está no Supremo Tribunal Federal (STF) e apura interferência política de Jair Bolsonaro na Polícia Federal, com base em acusações de Sergio Moro, ex-ministro da Justiça. As denúncias envolvem o vazamento de informações de um delegado da Polícia Federal ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro sobre a Operação Furna da Onça - que investigou um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos na Assembleia Legislativa do Rio.

Segundo Marinho, o delegado informou que a operação atingiria o gabinete de Flávio na Alerj. Ainda de acordo com o empresário, a PF teria segurado a operação para depois do segundo turno para não atrapalhar o resultado da eleição presidencial.

Ainda não há data marcada para o depoimento, mas o empresário - que está sob proteção policial - garantiu ter provas do que relatou. "Tenho provas, tenho elementos que comprovam o relato que eu fiz. Já adianto que tudo que eu falei vou repetir durante depoimento à PF, rigorosamente igual", disse ao G1.

"Todas as notícias de eventual desvio de conduta devem ser apuradas e, nesse sentido, foi determinada, na data de hoje (ontem), a instauração de novo procedimento específico para a apuração dos fatos apontados", informou a PF.

Relembre o caso

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Paulo Marinho disse que foi procurado por Flávio em 2018 para traçar uma estratégia de defesa na investigação sobre um esquema na Alerj. O caso envolveria o assessor de Flávio, Fabrício Queiroz, e a filha dele, Nathália, lotada no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro.

Queiroz é suspeito de cobrar "rachadinha". O Coaf detectou movimentação superior a R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz, amigo da família Bolsonaro.

 

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