O prefeito Bruno Covas (PSDB) autorizou abrir 200 novas vagas no Município para evitar possível superlotação com pacientes da covid-19 - Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
O prefeito Bruno Covas (PSDB) autorizou abrir 200 novas vagas no Município para evitar possível superlotação com pacientes da covid-19Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Por iG
São Paulo - O prefeito e candidato à reeleição em São Paulo, Bruno Covas (PSDB) negou que há uma " segunda onda " do novo coronavírus na capital paulista, mesmo com os alertas emitidos por autoridades e hospitais sobre o aumento de internações. A declaração foi feita na manhã desta quinta-feira (19), durante uma agenda de campanha realizada pelo tucano. 
Covas afirmou que "há uma estabilidade na pandemia" duas vezes nesta quinta. A primeira foi após tomar café da manhã em uma padaria localizada no Itaim Paulista, na Zona Leste da capital, e outra na entrevista coletiva realizada às 11h.
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"Vamos mostrar que não há segunda onda na cidade e que há uma estabilidade na pandemia ", disse, após ser questionado sobre as informações divulgadas pelo Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Sead), que aponta para um aumento de 29,3% das internações.
As intenções de votos no segundo turno municipal, previsto para o dia 29 de novembro, mostram a liderança de Bruno Covas , que tem 47% contra 35% do concorrente, Guilherme Boulos (PSOL).

Sem mudanças na flexibilização para aulas presenciais 
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Covas também falou sobre flexibilização para aulas presenciais. Segundo o prefeito de SP, ele não pretende ampliar a liberação do que diz respeito à educação no estado, porém nenhuma regressão no plano será aplicada por enquanto. "Nós vamos continuar no mesmo estágio, com as mesmas atividades abertas e os mesmos protocolos a serem respeitados", disse Covas. 
A decisão foi motivada pelo aumento de 18% no número de internações para tratamento da Covid-19 na capital. Desde o início de novembro, os estudantes do ensino médio das escolas públicas e privadas estão autorizados a participarem integralmente das aulas presenciais na capital. Os alunos do ensino fundamental e infantil, porém, podem comparecer à escola para atividades extracurriculares e de reforço.

O prefeito atribui o aumento na ocupação de leitos de UTI para Covid-19 ao maior fluxo de jovens, redução de leitos dedicados ao tratamento da doença e aumento de pacientes de fora da cidade de São Paulo.

"É importante mencionarmos que a pandemia continua a existir e ser um desafio. Nós vamos continuar a priorizar a proteção da vida na cidade, mas não há espaço para nenhum discurso extremista. É preciso manter os cuidados, como também não há nenhum número que indique a necessidade de lockdown", defendeu Covas.
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De acordo com o governo de São Paulo, existem 83 unidades educacionais da rede pública municipal abertas para atividades extracurriculares. Além disso, nove escolas de ensino médio seguem abertas na capital.