Covid-19 - Divulgação
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Por O Dia
Passadas as comemorações de Natal e Ano Novo, a preocupação aumenta ainda mais com um possível crescimento no número de casos da covid-19. Isso ocorre porque mesmo com as contraindicações de médicos e entidades de saúde, a população aproveitou o final de ano para se reunir em família, encontrar amigos e até participar de festas clandestinas. Com o crescimento no perigo de infecção, os cuidados também devem ser redobrados: o isolamento é essencial para quem pode fazê-lo e a testagem é a forma mais eficaz de identificar as infecções.
Não há receita mágica para quem viajou no recesso de fim de ano ou participou de um churrasco com o grupo de amigos: é nesses ambientes de descontração que a transmissão ocorre de maneira mais fácil e rápida. Por isso, a importância de tomar os devidos cuidados e evitar a transmissão de uma possível infecção.
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“A transmissão se dá muito mais de pessoa para pessoa do que por superfícies ou objetos contaminados. Quanto mais próximo as pessoas estão, maior o risco. Esse risco aumenta se não usar máscaras, se estiver em ambientes pouco ventilados e se, principalmente, as pessoas estiverem gritando, cantando. Elas soltam mais partículas virais. As festas têm sido bastante contraindicadas por conta disso”, explica o infectologista Renato Kfouri.
Kfouri alerta ainda que são justamente esses os “ingredientes necessários para o aumento da circulação do vírus”. Para os casos assintomáticos, o problema é ainda maior, já que o portador do vírus pode não saber que se infectou durante as comemorações. Por essa razão, é crucial que o isolamento seja cumprido para quem pode permanecer em casa.
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O médico Marcos Villela Pedras Polonia, especialista em Medicina Nuclear pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Membro da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, alerta para a grande ocorrência de casos desse tipo:
“Em nosso drive thru, no shopping Downtown, na Barra da Tijuca, conseguimos identificar cerca de 32% dos exames de testes do antígeno como positivos para a covid-19. Metade deles foram assintomáticos. Essas pessoas, com certeza, iriam transmitir para outros grupos familiares, em pequenos encontros com amigos. Conseguir identificar esses casos positivos em pacientes assintomáticos é de suma importância para diminuir a velocidade de transmissão do vírus”, afirma Polonia, que é médico pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
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Ele reforça que as orientações seguem as mesmas: é importante usar máscaras e álcool em gel e evitar grandes aglomerações em praias e festas. Para evitar a transmissão do coronavírus, o isolamento é crucial. Caso ele não seja possível, os testes surgem como “um passo importantíssimo”, segundo o médico Marcos Polonia.
Já em caso de sintomas, o infectologista Renato Kfouri explica o que deve ser feito: “O que se orienta a fazer na volta às aulas, na volta ao trabalho, é que assim que você tiver alguém com sintomas, você isola esse indivíduo, testa e, confirmado o caso, testa seus contatos mais íntimos, pelo menos. Essa é a estratégia que melhor funciona para controle da disseminação dos casos”, finaliza.