Manaus AM 02 05 2020 Garimpo na Terra Indígena Apyterewa fechado pelo Ibama na ação durante a pandemiaA exoneração dos coordenadores da fiscalização ambiental do Ibama deixou as organizações indígenas e ambientalistas ainda mais apreensivas sobre o desmonte no setor promovido pelo governo Bolsonaro. A indígena Ângela Kaxyuana, coordenadora executiva da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), tem opinião parecida com a de Luiza. â.œQuando o governo faz a exoneração de diretores do Ibama, da Funai ou do ICMBio, quando eles, minimamente, fazem o seu papel de fiscalização, monitoramento e desintrusão dos territórios, nos fragiliza e deixa o caminho aberto para invasões. O que tem acontecido é issoâ.., diz. fonte Amazonia real (Foto:HugoLoss)HugoLoss/Fotos Publicas
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado 19/03/2021 19:35
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 19, que há um "discurso negativo" em relação à imagem do Brasil no exterior. Ele citou o desmatamento na Amazônia e afirmou que, antes do governo Jair Bolsonaro, as florestas já vinham sendo devastadas.
"O desmatamento na Amazônia não ocorreu nos últimos um ou dois anos", afirmou Guedes em entrevista aos jornais espanhóis El Mundo e Expansión. O ministro concedeu a entrevista em português, mas apenas o áudio com a tradução em espanhol foi transmitido nesta sexta.
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Em janeiro, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que os alertas de desmatamento na Amazônia no acumulado dos dois primeiros anos do governo Bolsonaro foram, em média, 82% superiores à média dos alertas registrados nos três anos anteriores.
Os dados foram compilados pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que aponta quase em tempo real onde estão ocorrendo derrubadas da mata a fim de orientar as ações de fiscalização. O Deter não é a fonte oficial de desmatamento, mas alerta sobre onde o problema está acontecendo.
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Pela taxa oficial, o desmatamento da Amazônia divulgado em novembro de 2020 teve uma alta de 9,5% e voltou a atingir o maior patamar desde 2008 - o que já tinha ocorrido em 2019.
Entre agosto de 2019 e julho de 2020, a devastação da floresta alcançou 11.088 km², ante os 10.129 km² registrados nos 12 meses anteriores.
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A área devastada ano equivale a 7,2 vezes à da cidade de São Paulo.
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