Paulo Coutinho, comandante-geral da Policia MilitarAlberto Maraux
Por O Dia
Publicado 29/03/2021 11:29
Rio - Durante uma coletiva, nesta segunda-feira, o comandante-geral da Polícia Militar, Paulo Coutinho, esclareceu os fatos sobre a morte do oficial que foi atingido por tiros disparados pelo BOPE. Segundo o coronel, a equipe só efetuou os disparos porque Wesley Goés começou a atirar em direção aos oficiais e poderia ter atingido "não só policias militares, mas também da comunidade". Coutinho informou também que familiares de Wesley foram levados até o local para tentar fazer com que ele se rendesse, após mais de três horas de negociação, mas os disparos começaram no momento em que o helicóptero pousou.
“A gente lamenta profundamente uma ocorrência dessa situação, principalmente envolvendo o integrante da corporação. Agora, temos que lembrar que a instituição corre mais uma vez uma situação de conflito, de crise, para resolver um fato que poderia ter atingido, que poderia ter outras vítimas. E foi isso que foi feito pela tropa especializada”, disse o coronel. 
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O comandante-geral afirmou, ainda, que o procedimento usado pela equipe faz parte da rotina de gerenciamento de crise usada no mundo. 
“Foram utilizados todos os procedimentos, de acordo com a doutrina de gerenciamento de crise que é utilizado no mundo, desde o processo 'negociativo' incialmente, utilização progressiva da força. Infelizmente, houve por parte do provocador o disparo contra a tropa de intervenção, que teve que reagir imediatamente”, explicou

“Eu gostaria de deixar bem claro que a gente lamenta profundamente esse episódio e nos solidarizamos mais uma vez com a família do policial militar e com a nossa tropa. O objetivo da ocorrência não era esse, nós tínhamos um prognóstico melhor. Infelizmente, têm variáveis que não ficam na mão da polícia quando ela intervém, e sim do provocador, quando ele faz o disparo tentando atingir policiais militares e qualquer dispersante”, ponderou.
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Assim como a família já tinha informado, Paulo Coutinho reforçou que o soldado não tinha precedentes que indicassem qualquer desequilíbrio psicológico: "Não, 13 anos de Polícia Militar, formado em 2008, e não tinha apresentado qualquer situação que levasse preocupação por parte da instituição para tratar”. 
Segundo informações dadas pelo coronel, o governo da Bahia contratou 20 psicólogos para trabalhar com os policiais
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“A sociedade contemporânea, e a Polícia Militar é uma instituição que faz parte disso... Nós temos tido o cuidado, temos inclusive um trabalho através da psicologia, com 20 psicólogos recentemente contratados pelo governo do estado, para dar suporte para esse efetivo. E como eu disse: é uma sociedade que vive as questões atuais e também sofrem por serem seres humanos”, concluiu.
 
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