A casa onde a vítima morava com os país
A casa onde a vítima morava com os paísDivulgação/Polícia Civil do Maranhão
Por IG - Último Segundo
Rio - Na quarta-feira, em São Luís, na cidade de Buriti Bravo, um casal foi preso após permitirem sua filha, de 11 anos, fosse estuprada por um homem, com o consentimento deles, em troca de dinheiro. As informações foram apuradas pelo Metrópoles. 
Cerca de três mandados de prisão temporário foram cumpridos pela 12ª Delegacia Regional de São João dos Patos, por meio da Delegacia de Polícia de Buriti Bravo.
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“As investigações se iniciaram após sermos informados do fato, no dia 16 de abril, por meio do Conselho Tutelar de Buriti Bravo, dando notícia desse suposto abuso sexual e estupro, que envolvia essa criança de 11 anos. A partir daí foi que começamos a investigar”, explicou o delegado Carlos Eduardo, titular da Delegacia de Buriti Bravo, para o portal G1.
De acordo com as autoridades, os apreendidos devem responder pelos crimes de estupro de vulnerável, favorecimento à prostituição, abandono material e maus-tratos às crianças.
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Com o desdobramento das investigações, foi relevado que foram os próprios pais que levaram a menina para a residência do autor do estupro, local onde os abusos ocorriam. Os responsáveis pela crença entregavam a filha para o homem para terem em troca de dinheiro para consumir bebida alcoólica.
“A situação que nos deixou mais preocupados nesse caso é que os aliciadores eram os próprios pais. Eles, em troca de bebida alcoólica e de dinheiro, levavam a vítima a até a residência do estuprador, onde aconteciam os atos sexuais”, ressaltou o delegado.
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Além da filha, vítima de abuso sexual, na residência da família, também moravam outras duas crianças, uma de nove e outra de dois anos. Elas também sofriam maus-tratos e abandono por parte dos pais. De acordo com as autoridades, a investigação continua, pois, existe a suspeita de que os outros dois filhos também estavam envolvidas na ação.
“Com o avançar das investigações, nós descobrimos que a vítima de 11 anos tinha duas irmãs mais velhas, uma de 13 anos e outra de 15. E existia a suspeita de que elas teriam saído de casa justamente por conta desses possíveis aliciamentos, por parte dos próprios pais. No caso, a irmã mais velha só é irmã da vítima por parte de mãe. O desenrolar das investigações é para angariar mais provas, mais detalhes. A gente vai continuar com as investigações no sentido de esclarecer se existem outras vítimas e outros autores”, contou o delegado Carlos Eduardo.
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Segundo o delegado Carlos Eduardo, desde o início das investigações, a polícia direcionado a vítima de 11 anos para a casa de um parente. Com a apreensão dos pais, o Conselho Tutelar foi acionado para acolher as outras crianças que moravam com o casal.
“Agora o Conselho Tutelar vai colocar elas com algum familiar próximo ou em uma família substituta, seguindo os procedimentos do Estatuto da Criança e do Adolescente. A situação dessas crianças é muito precária e sensível. Quando fomos fazer a prisão do casal, as crianças ainda nem tinham tomado café, e providenciamos alimento para elas. Uma situação calamitosa e traz um pouco de alento o fato de termos conseguido fazer cessar essas barbaridades que estavam acontecendo”, disse o delegado.