Publicado 03/05/2021 10:54 | Atualizado 03/05/2021 10:56
Rio - O vice-diretor-geral da Organização Pan-Americana da Saúde, vinculada à Organização Mundial de Saúde (Opas/OMS), Jarbas Barbosa, respondeu aos comentários realizados neste domingo pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Na ocasião, ele afirmou que o Brasil deveria ter começado a receber em janeiro as doses de vacinas do Consórcio Covax Facility, entregues ontem à pasta. Jarbas disse que o atraso na entrega dos imunizantes foi de 30 dias, reforçando que as vacinas deveriam ter chegado ao país no fim de março.
De acordo com o vice-diretor, em entrevista à rádio CBN, Queiroga devia estar fazendo referência a uma carta enviada aos países no dia 28 de fevereiro, que previa a entrega da primeira remessa dos imunizantes entre os meses de fevereiro e junho. O vice-diretor da Opas, no entanto, não deixou de ressaltar que houve um atraso na entrega dos imunizantes, que atribui, em parte, à situação da Índia, maior distribuidor de vacinas ao consórcio, e que tem enfrentado um recrudescimento de casos de covid-19 no país.
"Esse produtor está tendo dificuldades de cumprir o contrato porque o governo da Índia não tem autorizado as exportações. Há uma busca de se estabelecer uma negociação com o governo da Índia de maneira que pelo menos parte da produção do Serum Institute da Índia pudesse continuar sendo entregue pelo mecanismo Covax", disse.
Durante a entrevista, Barbosa também afirmou que vê a possibilidade de países mais ricos doarem seus excedentes de vacinas a países da América Latina. "Nós estamos em conversa com alguns países, já pedimos aos Estados Unidos que eles pudessem ajudar a América Latina e o Caribe, principalmente, com as doses de vacina que eles não vão utilizar, e tivemos essa mesma conversa com o governo da Espanha", afirmou.
"São conversas mantidas de maneira reservada durante algumas semanas pela sensibilidade política do tema, mas agora no dia 1º, durante a reunião da Cúpula Ibero-Americana, o primeiro ministro da Espanha tornou público o desejo da Espanha de fazer uma doação por intermédio do mecanismo Covax, mas priorizando a América Latina", afirmou o diretor, que disse estar conversando com o país para entender seus critérios de prioridade.
Jarbas também defendeu que países trabalhem em um novo tratado com relação às pandemias. Segundo ele, "nitidamente o mundo se encontra despreparado para fazer face a uma pandemia como essa, se a gente não tem o acesso equitativo (a insumos)". "Enquanto alguns países ricos compram vacinas para três, quatro, cinco vezes a sua população, países mais pobres, por exemplo, têm no mecanismo Covax sua única ou principal fonte de recebimento de vacinas, se encontram com dificuldades, porque vários produtores entregam 100% da sua produção no primeiro semestre para os países ricos", argumentou.
Chegaram ao Brasil, entre o último sábado, 1º, e domingo, 2, mais 4 milhões de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca fornecidas por meio do consórcio Covax Facility, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a distribuição global de imunizantes contra a covid. Foram 220,8 mil doses recebidas anteontem e mais 3,8 milhões desembarcadas ontem no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
"São conversas mantidas de maneira reservada durante algumas semanas pela sensibilidade política do tema, mas agora no dia 1º, durante a reunião da Cúpula Ibero-Americana, o primeiro ministro da Espanha tornou público o desejo da Espanha de fazer uma doação por intermédio do mecanismo Covax, mas priorizando a América Latina", afirmou o diretor, que disse estar conversando com o país para entender seus critérios de prioridade.
Jarbas também defendeu que países trabalhem em um novo tratado com relação às pandemias. Segundo ele, "nitidamente o mundo se encontra despreparado para fazer face a uma pandemia como essa, se a gente não tem o acesso equitativo (a insumos)". "Enquanto alguns países ricos compram vacinas para três, quatro, cinco vezes a sua população, países mais pobres, por exemplo, têm no mecanismo Covax sua única ou principal fonte de recebimento de vacinas, se encontram com dificuldades, porque vários produtores entregam 100% da sua produção no primeiro semestre para os países ricos", argumentou.
Chegaram ao Brasil, entre o último sábado, 1º, e domingo, 2, mais 4 milhões de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca fornecidas por meio do consórcio Covax Facility, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a distribuição global de imunizantes contra a covid. Foram 220,8 mil doses recebidas anteontem e mais 3,8 milhões desembarcadas ontem no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
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