Pazuello presta depoimento na CPI da CovidJefferson Rudy/AgÊncia Senado
Por O Dia
Publicado 19/05/2021 20:07 | Atualizado 19/05/2021 21:02
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mentiu sobre o TrateCov, aplicativo que permitia dar diagnósticos positivo ou negativo sobre a covid-19 mesmo sem exames laboratoriais, durante depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira, no Senado Federal. 
De acordo com o Ministério da Saúde, o TrateCov era um aplicativo que facilitava a coleta de dados, em que o médico respondia um questionário e, em seguida, recebia instruções de procedimentos disponíveis na literatura cientifica.
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Pazuello afirmou para os senadores da CPI que a plataforma, que recomendava dar cloroquina inclusive para bebês, teria sido mostrada em Manaus somente como um protótipo ainda em desenvolvimento. Porém, à época, o então ministro da Saúde deu declarações sobre sobre o lançamento do portal já pronto para a utilização. O lançamento do software chegou a ser mostrado em reportagens da TV Brasil.
"Hoje vai ser lançada uma plataforma. A Mayra vai falar sobre a plataforma, que vai permitir que o próprio prefeito cobre o protocolo de atendimento. É uma plataforma com o protocolo e o protocolo vai nos dar mais de 85% de acerto. Tá bom, né? Mais a capacidade do médico, chegamos em 100%", anunciou Pazuello em evento em Manaus, no dia 11 de janeiro.
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Diferentemente da fala do início do ano, no seu depoimento da CPI, Pazuello falou que o TrateCov era uma ferramenta que ainda não tinha sido finalizada. "Essa plataforma foi mostrada no dia 11 em Manaus, em desenvolvimento. Não concluída ainda, era um protótipo. E essa plataforma não foi distribuída aos médicos", disse o ex-ministro.
Pazuello disse, ainda, que a plataforma foi copiada por uma pessoa mal intencionada e que, por isso, o Ministério da Saúde chegou a fazer um boletim de ocorrência. O ex-ministro garantiu que foi um rapaz quem divulgou o aplicativo.

“Esse cidadão fez a divulgação da plataforma, que foi copiada. Quando soube que poderia ser usada por pessoas que não eram de dentro do planejado, determinei que ela fosse tirada do ar”, afirmou ele na CPI. 
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As declarações do ex-ministro causaram indignação ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). "Eles usaram Manaus para fazer de cobaia. Isso é crime contra um estado. O grande problema do Amazonas aconteceu uma semana depois. Tudo aqui pode se falar, só não pode negar aquelas imagens das pessoas sem oxigênio no meu Estado, isso aí não dá para negar", afirmou ele. 
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