Luana AraújoJefferson Rudy/Agência Senado
Segundo a médica, no início da pandemia era natural que as autoridades envolvidas no combate à pandemia tenha buscado alternativas para o tratamento de pacientes acometidos pela covid-19, porém condena que, "depois de um anos de pandemia, de evidências acumuladas, dezenas de revisões sistemáticas e estudos bem-feitos", insistam em "algo que não tem valor e pode vulnerabilizar as pessoas".
"Com muita dor, devo dizer que os meus colegas médicos não estão com o embasamento correto para responder sobre isso uso de medicamentos para o tratamento precoce", completou Luana. Mais cedo, a médica havia comparado iniciativas do tratamento à teorias conspiratórias, como a Terra não ser uma esfera e sim plana. Durante sua fala, a especialista defendeu a responsabilização daqueles que recomendam o uso do tratamento sem eficácia comprovada.
"Essas medicações têm o seu valor quando bem indicadas, na dose correta para o paciente que pode utilizá-las. O uso off-label existe e é parte da medicina, mas precisa estar limitado por fatores muito claros", afirmou citando a existência de evidências e plausibilidade do uso.
"O profissional tem direito de prescrever se ele quiser, mas ele precisa ser responsabilizado - e isso é para qualquer circunstância - sobre os resultados daquilo que ele faz. Se eu prescrevo qualquer coisa para o meu paciente e ele fica bom, digo que sou o máximo. Mas se ele morre, foi porque Deus quis. E não pode ser assim", argumentou Luana.
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