Jair BolsonaroAFP
Bolsonaro também fez novas críticas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. "Nasceu capenga, a começar pelo presidente Omar Aziz, cuja esposa foi presa. O relator é Renan Calheiros, que tem inquéritos no Supremo". O líder do Palácio do Planalto, por outro lado, chamou de "louvável" a postura de sua tropa de choque no colegiado, citando nominalmente os senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Jorginho Mello (PL-SC).
Em linha com o que fez na terça-feira o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo, Bolsonaro negou ter culpa na crise do oxigênio vivida no estado. "A curva de infectados subiu assustadoramente, ninguém poderia adivinhar. Agora virou briga política no estado, Omar Aziz e Eduardo Braga (membros da CPI (querem arrumar maneira de prejudicar o governador (do Amazonas, Wilson Lima (PSC))".
Armas
Bolsonaro voltou a defender que a liberação para posse estendida de armas em propriedades rurais, válida para todo o imóvel e não apenas sede da fazenda, ajudou a coibir as invasões de terras. Durante entrevista, o presidente também destacou a ampliação do arsenal de armas à disposição da população civil. "(Temos) também armas de calibre um pouco maior. Não são fuzis ainda, mas são armas bastante próximas disso. Isso tem levado tranquilidade ao campo", afirmou.
Em 2019, quando assumiu o governo, o presidente chegou a publicar decreto que ampliava o acesso de qualquer cidadão a armas de fogo, inclusive fuzis de assalto. Apesar do documento, a compra de fuzis acabou vetada pelo Exército Brasileiro, ao qual coube a tarefa de regulamentar o acesso. Na decisão, o braço das Forças Armadas manteve, entretanto, a previsão de uso de pistolas de calibre 9mm e .45, antes de uso restrito das forças de segurança.
Bolsonaro também comentou a autorização do Ministério da Justiça nesta terça-feira para uso da Força Nacional de Segurança em Rondônia por causa de conflitos agrários. "Alguns podem não gostar, mas temos um projeto no Congresso, que, acho que se aprovar, resolve em definitivo, chama-se: excludente de ilicitude", afirmou. Segundo o presidente, a aprovação do texto seria "um fator de inibição para estes marginais".
Rodovia
Durante a entrevista, Bolsonaro também prometeu finalizar a construção da rodovia que ligará Porto Velho (RO) e Manaus (AM) e disse que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, teria se comprometido com a obra. "Tarcísio acha que não teremos problemas de licenciamento ambiental. Existem xiitas na questão ambiental, mas eles não são xiitas conosco", afirmou. O governo federal tem sido acusado pela oposição de desmontar as estruturas públicas de fiscalização na proteção ao meio ambiente.
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