A caçada a Lázaro começou depois de ele matar quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia Norte, no Distrito Federal, no dia 9 de junho.Reprodução/Polícia Civil do DF
'Ele não está brincando, vai atirar para matar', diz criminóloga sobre serial killer procurado
Lázaro Barbosa de Sousa está sendo procurado há oito dias por uma operação que conta com mais de 200 policiais
Rio - A busca policial por Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos, chega ao oitavo dia nesta quarta-feira. Ele é suspeito de matar quatro pessoas de uma mesma família em uma chácara em Ceilândia, no Distrito Federal, no dia 9 de junho. Desde então, ele vem fugindo da polícia por matas e rios, deixando um rastro de outros crimes na região e moradores amedrontados. Para a criminóloga, escritora e especialistas em serial killers, Ilana Casoy, Lázaro "precisa ser parado". "Agora ele é um cara em fuga. Ele não está brincando, claro que ele vai atirar para matar. Temos que fazer perguntas neste momento, e não dar as respostas", afirmou.
Ilana Casoy é autora dos livros "O quinto mandamento" (Arx, 2006), sobre o caso Richtofen, e "Casos de família" (Darkside, 2016), sobre a morte de Isabella Nardoni. Segundo ela, está claro que Lazaro é perigoso, mas, mesmo assim, defende que ainda é cedo para traçar o perfil psicológico dele.
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"Ele é um fugitivo e precisa ser parado, ser preso porque é um cara de alta periculosidade, de grande experiência e está matando no caminho. Não é hora de pensar se ele é um serial killer, se teve uma infância traumática ou não, se ele é frio, psicótico, esquizofrênico, psicopata", argumenta em entrevista ao G1. "Ele pode ser muitas coisas. Ele é um abusador em série? É obvio. Ele tem várias condenações por estupro. Agora, que tipo de abusador que ele é? Tem vários. Ainda não sabemos", afirma Ilana.
Para ela, o foco neste momento deve ser capturar e prender o criminoso. Em seguida, fazer um bom interrogatório para saber se ele cometeu outros crimes ainda em desconhecimento da polícia. "É uma pergunta que ele que vai ter que responder. Teve outros crimes? Outros corpos que não foram encontrados? Tem vítimas que podem ficar sem resposta, pessoas que perderam pai, filho, esposa? A única chance de resposta é ele contando, e a chance é com um bom interrogatório. Que o cara é um homicida não resta dúvida. O nosso papel é apoiar as polícias para fazer um bom trabalho tático e prender o fugitivo", analisa Ilana.
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*Com informações do G1.