Publicado 24/06/2021 19:00
Em 2020, 6,679 milhões de clientes em todo Brasil tiveram seus serviços interrompidos pelo roubo ou furto de cabos das redes de telecomunicações. O número representa quase duas vezes a população do Uruguai. A quantidade de clientes afetados é 34% maior do que o registrado em 2019, quando cerca de 5 milhões de usuários tiveram os serviços interrompidos.
Foram 4,6 milhões de metros de cabos roubados ou furtados, um aumento de 16% em relação ao registrado em 2019, quantidade suficiente para cobrir a distância entre o Oiapoque (Amapá) e Chuí (Rio Grande do Sul) mais a distância entre as cidades de São Paulo (SP) e Belo Horizonte (Minas Gerais).
No mesmo período as ocorrências também aumentaram, passando de 94 mil para 96 mil.
O furto, roubo e também a receptação de cabos e equipamentos causam prejuízo direto para os consumidores, que ficam sem acesso a serviços que se mostraram essenciais durante a pandemia, e para as empresas, que precisam repor esses equipamentos. As ações criminosas comprometem ainda os serviços de utilidade pública como polícia, bombeiros e emergências médicas.
O setor de telecomunicações defende uma ação coordenada de segurança pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal quanto os estaduais, e a aprovação de projetos de lei que aumentem as penas desses crime e ajudem a combater essas ações criminosas.
As empresas também têm enfrentado, nos últimos anos, um aumento nas ações criminosas como o bloqueio do acesso às antenas que atendem à rede móvel e às infraestruturas usadas na rede fixa, além do crescimento do vandalismo e a imposição de serviços piratas.
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