Segundo o secretário de Saúde do município, Rui Borges, foram contadas 38 marcas de tiro no corpo de Lázaro.Reproduções de vídeos
Por O Dia
Publicado 29/06/2021 09:20 | Atualizado 29/06/2021 12:16
"Eu queria ele preso para ele pagar pelos crimes dele", disse uma das vítimas do criminoso Lázaro Barbosa de Sousa, morto nesta segunda-feira, 29, em confronto com a polícia, após 20 dias da caçada histórica ao “serial killer”. Moradora de Ceilândia, no Distrito Federal, a mulher foi estuprada em 2009 por Lázaro e pelo irmão dele, Deusdete, assassinado há cinco anos. Em entrevista ao jornal O Globo, a vítima conta que se lembrou da família que, segundo a polícia, foi morta pelo assassino na mesma região.
Cláudio Vidal de Oliveira, de 48 anos, a mulher dele, Cleonice Marques de Andrade, de 43, e os filhos do casal, Gustavo Marques Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, de 15, foram mortos por Lázaro em 2009.
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“Estava pensando muito na Cleonice e fiz uma oração muito forte. Desejei muita luz para ela, para eles todos. Mas principalmente para ela, para que ela siga o caminho da luz. Porque ela sofreu muito. E rezei muito para que ele fosse preso. E agora esse alívio. Não era o que eu esperava. Eu queria ele preso para ele pagar pelos crimes dele”, disse ela.
A vítima conta que se lembrou da violência sofrida por ela quando tinha 19 anos e do trauma que viveu. Após invadir sua casa e torturar sua família, Lázaro e seu irmão Deusdete a levaram para um matagal. No local, a jovem conta que foi violentada e agredida física e verbalmente pelos criminosos.
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“Foi muito difícil superar. Anos trabalhados. E ainda vai ser. Mas me sinto firme. Desejando muita luz para as vítimas mortas. Na época, tinha certeza que ia morrer”, contou.
A busca por Lázaro Barbosa, de 32 anos, terminou na manhã desta segunda-feira, 28, após 20 dias de uma megaoperação policial com ajuda de helicópteros, drones, cães farejadores e uma força-tarefa com mais de 270 policiais. O criminoso estava na periferia de Águas Lindas quando foi cercado pela polícia e, segundo o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, tentou fugir do cerco e entrou em confronto com os agentes ao descarregar uma pistola contra eles. Ainda segundo o secretário, além da arma, o criminoso estava com mais de R$ 4,4 mil no bolso que poderiam ser usados para fugir.
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A vítima contou que se sente mais segura
“Ele estava assistindo às reportagens, estava de olho no que a gente estava falando. Com certeza ele viu que eu tinha falado do meu caso. Fiquei com muito medo. Hoje me sinto mais segura, sim”, afirmou.
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Na época do crime, os irmãos conseguiram escapar do cerco policial feito na região de mata onde eles mantinham a vítima. Lázaro foi preso em Pirenópolis, em Goiás, após o reconhecimento dele pela vítima. O julgamento ocorreu em 2010 e, condenado, Lázaro foi para o Complexo Penitenciário da Papuda. Em 2016, no entanto, Lázaro deixou o local num indulto de Páscoa e não voltou mais.
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