Segundo Randolfe, o esquema funcionaria dentro do Ministério da Saúde antes da pandemia do novo coronavírus e teria tido início do governo BolsonaroPedro França/Agência Senado

A CPI da Covid acredita que ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, operava um esquema de "mensalinho", com pagamento a aliados do governo Jair Bolsonaro (sem partido). O dinheiro viria do suposto recebimento de propina por contratos firmados no Ministério da Saúde para compra de vacinas. A comissão abre uma nova linha investigativa nessa direção, para apurar os fatos.

"Há indícios de que o ex-diretor de Logística Roberto Dias operava um esquema de 'mensalinho' no ministério para políticos da base aliada do governo Bolsonaro", disse o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao G1.
Segundo Rodrigues, o esquema funcionaria dentro do Ministério da Saúde antes da pandemia do novo coronavírus e teria tido início do governo Bolsonaro, ainda em 2018. "Tudo seria comandado pelo Roberto Dias, na área de logística, de contratos para transporte de medicamentos e insumos da Saúde", afirmou.
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Empresa da empresa VTCLog, que tem contrato para operação de transportes de produtos do Ministério da Saúde, estaria envolvida no esquema. Roberto Dias e a empresa negam qualquer irregularidade.
Segundo o UOL, o 'mensalinho' chegaria a R$ 300 mil por mês e era compartilhado entre três políticos da base aliada e o ex-diretor de Logística. Da mesma forma que ocorreria com o caso da Covaxin, o valor seria um percentual dos pagamentos que a empresa receberia do Ministério da Saúde pelos serviços prestados.