Coronel Blanco será ouvido pela CPI da Covid nesta quarta-feiraNajara Araujo/Câmara dos Deputados
O ex-diretor Dias, que recebeu voz de prisão ao final de seu depoimento aos senadores no dia 7 de julho, afirmou, inicialmente, que seu encontro com Dominguetti e Blanco no restaurante em Brasília foi casual, mas depois assumiu — a partir de áudios exibidos na comissão — que o coronel sabia que ele estaria no local.
Já Cristiano Carvalho, que também se apresentou à CPI no dia 15 de julho como vendedor da Davati no Brasil, disse que Dominguetti usou o termo “comissionamento” quando se referiu à reunião onde teria sido feito o pedido de propina.
"A informação que veio a mim não foi "propina", ele [Dominguetti] usou "comissionamento". Se referiu ao comissionamento sendo do grupo do tenente-coronel Marcelo Blanco [ex-assessor de Dias] e da pessoa que o tinha apresentado a Blanco, de nome Odilon", disse.
Dias e Dominguetti tiveram novo encontro no dia seguinte, 26 de fevereiro, no Ministério da Saúde. Vários senadores, entre eles Alessandro, Eduardo Braga (MDB-AM), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Fabiano Contarato (Rede-ES), Humberto Costa (PT-PE) e Rogério Carvalho (PT-SE), manifestaram perplexidade com o relato dos depoentes, assim como estranharam o intervalo de menos de 24 horas entre o encontro no restaurante e a reunião no ministério.
Esses são dois dos principais motivos que tornaram imprescindível a oitiva do coronel Blanco pelo colegiado. Os senadores aprovaram ainda requisições ao Comando do Exército Brasileiro de todos os relatórios e informações de inteligência, com as correspondentes cópias, a respeito do tenente-coronel Blanco, assim como de Antônio Élcio Franco, Alexandre Martinelli Cerqueira e Eduardo Pazuello.
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