Bolsonaro participa de nova 'motociata' em Brasília e provoca aglomeração Reprodução Facebook
O presidente iniciou o trajeto pouco depois das 9h em direção a Taguatinga e Ceilândia, regiões administrativas do Distrito Federal, e retornou por volta de 11h30 ao Palácio do Planalto. Ao interagir com seus apoiadores, Bolsonaro provocou aglomeração. Ele e muitas das pessoas presentes não usavam máscara de proteção contra a covid-19.
O presidente já realizou o passeio com apoiadores no Rio de Janeiro (RJ), em São Paulo (SP), Chapecó (SC) e Porto Alegre (RS), e em Florianópolis (SC). Apesar de não ser evento oficial da Presidência, a "motociata" sempre mobiliza o aparato público, pois requer reforço no policiamento, mobilização de agentes de trânsito, ambulância e até helicóptero para acompanhar o presidente no trajeto.
Bolsonaro quer o voto impresso para as eleições de 2022, mas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda o sistema de votação no Brasil foi derrotada na comissão especial por 23 a 11. Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), anunciou que, a despeito da rejeição, decidiu levar para o plenário a discussão sobre o voto impresso
A proposta que institui o voto impresso no Brasil deve ser votada no plenário da Câmara até a próxima quarta-feira. Para ser aprovado, o texto precisa de pelo menos 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em duas votações em cada Casa, um número que dirigentes de partidos acham muito difícil de alcançar em razão do cenário de crise. Lira já avisou a Bolsonaro que, se o texto for rejeitado, não aceitará ruptura institucional.
Na última terça-feira (3), Bolsonaro se tornou alvo de uma investigação instaurada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em razão das alegações sobre fraudes nas urnas eletrônicas.
A notícia-crime contra Bolsonaro foi apresentada ao STF na noite de segunda (2) pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, que atualmente é o alvo preferencial dos ataques do presidente. O pedido de investigação veio depois de Bolsonaro fazer uma live apresentando vídeos antigos e informações falsas contra as urnas eletrônicas, alegando mais uma vez que o sistema é fraudável.
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