Relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL)Pedro França/Agência Senado

Brasília - O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, nesta terça-feira, 31, que a entrega do relatório da comissão deve acontecer na segunda quinzena de setembro. Segundo ele, alguns empecilhos podem estender esse prazo para o dia 22 do próximo mês. Ainda na entrevista, Calheiros afirmou que, na avaliação dos senadores, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, é o comandante de um dos maiores esquemas de corrupção na história da Saúde. 
"É evidente que algumas dificuldades que se coloquem no caminho da CPI postergam um pouco, mas é para 21, no máximo 22 de setembro", afirmou aos jornalistas. Questionado sobre a divulgação da lista oficial de investigados, o relator cogitou a possibilidade de divulgá-la ainda nesta terça:
"Estou ainda detalhando os nomes a partir dos indícios e das comprovações que nós temos na própria investigação, estou planejando mais tarde, juntamente com o presidente e o vice-presidente da comissão, em uma outra conversa no final do dia apresentar essas informações".
 
Randolfe ainda defendeu a reconvocação do motoboy Ivanildo Gonçalves para esta quarta-feira, 1º, além de sugerir o depoimento de diretores da empresa de logística e da advogada Karina Kufa.
 
"Diante do claro flagrante de desobediência da VTCLog a esta CPI, acredito que não será possível entregar o relatório final sem antes ouvirmos esses dirigentes. Não estamos convocando Karina Kufa por ser advogada do presidente da República. Mas pelos notórios diálogos que ela possui com vários lobistas investigados por esta CPI. Diálogos e tráfico de influência em favor da empresa Precisa", ponderou.
 
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), por sua vez, criticou o fato de a CPI querer convocar a advogada Karina Kufa.

"Não façam prejulgamentos. Vossa Excelência quer destruir biografias de profissionais do direito. Vossa Excelência não tem o direito de estar atacando profissionais do direito da forma que está fazendo", afirmou Bezerra ao relator, Renan.
 
Ricardo Barros