Senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPIPedro França/Agência Senado
Aziz e Randolfe são, respectivamente, presidente e vice-presidente da CPI da Covid no Senado e tidos como opositores do governo.
"Recebemos a notícia de que Bolsonaro pretende convocar o Conselho da República. Pois bem! Já conversamos com os líderes partidários para que os dois indicados pelo Senado ao Conselho da República sejam eu e o senador Omar Aziz", publicou.
Pela lei, o Conselho da República tem 15 membros, mas suas reuniões podem ser realizadas com a maioria dos membros - ou seja, oito membros. Hoje, há 11 integrantes designados: o próprio presidente, o vice-presidente Hamilton Mourão, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), os líderes de maioria e minoria nas duas Casas e dois cidadãos indicados pela Presidência.
Os dois indicados de Bolsonaro são o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, nomeados em fevereiro deste ano. As escolhas foram vistas como uma espécie de "recado" ao Supremo Tribunal Federal (STF) e também uma maneira de Bolsonaro ampliar sua influência no colegiado.
Diante da possibilidade de convocação, os senadores se preparam para uma votação relâmpago das indicações da Casa, se for necessário.
No Twitter, Randolfe lembrou que, além dele e Aziz, a composição também contaria com o líder da Maioria no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), o líder da Minoria na Casa, Jean Paul Prates (PT-RN), e o líder da Minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ)
"Adianto ao Presidente que já estamos prontos para tomar seu depoimento. O Senhor quer estar na condição de testemunha ou investigado, Jair Bolsonaro? Estamos ansiosos!", acrescentou.
A mensagem de Randolfe foi vista por parte do Senado como uma provocação a Bolsonaro, principal alvo da investigação da CPI. Até o momento, não há uma decisão da cúpula da Casa de indicar os dois senadores como representantes do Senado no Conselho da República.
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