Queiroga descarta aceleração do PNI: 'Acelerando demais você pode escorregar na curva'
Ministro comentou o fato do presidente Jair Bolsonaro não estar vacinado em Nova York, onde a imunização é exigida para estar em estabelecimentos, e disse que eficácia do procedimento é desconhecida
Marcelo Queiroga e Jair Bolsonaro (sem partido) estão em Nova York para Assembleia-Geral da ONU - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Marcelo Queiroga e Jair Bolsonaro (sem partido) estão em Nova York para Assembleia-Geral da ONUFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, descartou a possibilidade do país acelerar o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a covid-19. Em entrevista a jornalistas em Nova York, onde o ministro acompanha o presidente Jair Bolsonaro, ele declarou que, "às vezes, acelerando demais você pode escorregar na curva". O ministro disse que o Brasil já está indo muito bem com a vacinação e voltou a declarar que a previsão é que, no fim de outubro, toda a população acima de 18 anos esteja vacinada com duas doses da vacina.
Questionado sobre o caso de um diplomata da delegação brasileira que está em Nova York para os eventos da Organização das Nações Unidas (ONU) que teria testado positivo para covid-19, Queiroga disse desconhecer detalhes, mas relativizou o tema. "Não estou sabendo de detalhes acerca desse caso. Há uma pandemia da covid-19. Qualquer um de nós, mesmo os vacinados, pode eventualmente testar positivo".
Comprovante de vacinação
O ministro também comentou sobre o caso do presidente Bolsonaro que, sem ter se vacinado contra covid-19, não pode frequentar alguns espaços da cidade de Nova York, onde o presidente se prepara para discursar na abertura da Assembleia-Geral da ONU. A cidade determina que restaurantes verifiquem se clientes estão vacinados contra covid antes de atendê-los nas mesas dentro dos estabelecimentos.
Para Queiroga, essa é uma posição do governo de Nova York a qual "nós respeitamos". Contudo, ele declarou: "São medidas, cuja eficácia, a gente não tem ao certo".
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.