Confusão entre senadores e depoente na sessão da CPI da Covid Divulgação
Fora dos microfones, senadores chegaram a pedir a prisão de Wagner Rosário. Omar Aziz (PSD-AM) suspendeu a reunião da CPI.
Agora, Rosário deixa a condição de testemunha para ser investigado pela CPI. O anúncio foi feito após a retomada dos trabalhos que haviam sido interrompido após bate-boca entre Rosário e senadores oposicionistas. Nesta quarta-feira, 22, a comissão vai ouvir o diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior.
Sessão é suspensa após o depoente chamar a senadora Simone Tebet de "descontrolada". Senador Randolfe defende Tebet: "Para de ser machista".
— Jornal O Dia (@jornalodia) September 21, 2021
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Acusação de omissão
"Ele [o depoente] não poderia ir numa coletiva com o ministro Queiroga e fazer uma defesa intransigente de um contrato irregular que estava em processo de investigação pela própria CGU. Lamento muito o papel que Vossa Excelência está fazendo, o desserviço para o país e com o dinheiro público. Vossa Excelência não é advogado do presidente da República ou do ministro da Saúde. Vossa Excelência não é nem um advogado na estrutura da CGU", criticou a senadora.
Após o término da sessão, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) acusou o relator da CPI e o comando da CPI de quererem controlar a narrativa e montar uma "arapuca" para o ministro Rosário.
Uma mostra disso, afirmou Marcos Rogério, é que apenas o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), entre os senadores da base de apoio ao governo, teve a oportunidade de fazer perguntas ao ministro da CGU.
Em depoimento à CPI, Wagner Rosário afirmou que a CGU só recebeu informações sobre a relação entre o lobista Marconny Faria e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias em julho deste ano. Além disso, afirmou que soube das suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin apenas em junho de 2021, pela imprensa.
Na fala, Rosário alegava que não havia informações prévias sobre irregularidades na compra da Covaxin e na atuação de integrantes do governo na aquisição de vacinas contra a covid-19.
Aziz questionou o fato de a CGU ter informações sobre mensagens investigadas desde setembro do ano passado. "Cê não passa um scanner na hora da busca e apreensão e saem os dados aparecendo, não. Tem que ter análise, tem que levar tempo", justificou Wagner Rosário.
Logo em seguida, o senador Otto reagiu à declaração do ministro. "Muito petulante, hein, presidente?". Na sequência, Omar Aziz afirmou com o som do microfone desligado: "petulante pra c...". O áudio vazou na transmissão da TV Senado. A declaração não entrou nas notas taquigráficas da CPI.
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