Presidente Jair Bolsonaro (sem partido)AFP
Bolsonaro desconsidera variantes e diz que terceira dose da vacina deveria ser de graça
Durante transmissão ao vivo, o presidente voltou a defender medicamentos sem eficácia contra a covid-19 e sugeriu aos jornalistas que questionassem o ministro Marcelo Queiroga sobre os remédios que ele usou para se tratar da doença
Sem considerar o surgimento de variantes mais transmissíveis do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira, 30, que as indústrias farmacêuticas deveriam oferecer a terceira dose da vacina contra a covid-19 gratuitamente. "Não era suficiente uma ou duas doses, as empresas não diziam que era assim? Se tem a terceira dose, tem que ser de graça, não é direito do consumidor?", declarou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais.
Bolsonaro também voltou a defender remédios sem eficácia comprovada no tratamento da covid-19 e a atacar o chamado "passaporte da vacina". De acordo com o chefe do Executivo, a CPI da Covid tentou "criminalizar" o "tratamento inicial", sem comprovação científica, no depoimento do empresário Luciano Hang. "Fiasco. Eu tenho vergonha desse G7 (grupo de senadores não-governistas da CPI). Não conseguiram nada, é o tempo todo tentando criminalizar pessoas que defendem o tratamento inicial", afirmou "Se for aceitando esse passaporte da vacinação, daqui a pouco vem outra exigência."
Após negar que seja negacionista, o chefe do Executivo ainda pediu aos jornalistas para questionarem o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, hoje em isolamento nos Estados Unidos após testar positivo para a covid-19, quais remédios ele teria feito uso para tratar a covid-19.
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