Senador e filho do presidente Jair Bolsonaro diz que a comissão deixou empresários com "medo de ajudar" Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador e filho do presidente da República Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) afirmou nesta quinta-feira, 21, que a CPI da Covid "desencorajou muita gente a ajudar de uma forma mais direta e efetiva na pandemia".
Segundo Flávio, a atuação dos senadores deixou os empresários com "medo de ajudar" pois o grupo estava "torturando psicologicamente o cidadão de bem", disse em entrevista à Rádio Jovem Pan.
"Um laboratório que tivesse interesse de vender vacina pro Brasil, se isso [a CPI da Covid] não pesou na hora de decidir, porque por mais que fizesse tudo dentro da lei, como sempre foi o governo Bolsonaro, poderia se ver numa situação vexatória como essa [depoimentos à comissão]".
O senador ressaltou ainda que o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), pode ter cometido "até 20 crimes de abuso de autoridade". "Se eu fosse o Procurador-Geral da República, eu arquivaria o relatório de cara. Não tem nada sustentado. Só ataques ao presidente da República, que não podia ser objeto de investigação da CPI. Isso tudo eu vou pedir para que minha assessoria documente, formalize e encaminhe ao Ministério Público Federal, para que seja avaliado se há ou não a incidência de crimes cometidos por Renan".