O presidente Jair Bolsonaro e a filha caçula Laura Bolsonaro Reprodução
Exército autoriza que filha de Bolsonaro ingresse em Colégio Militar sem passar por processo seletivo
Laura Bolsonaro, de 11 anos, deve ocupar uma das 15 vagas para cursar o 6º ano em 2022. Anteriormente, o filho da deputada Carla Zambelli já foi matriculado sob as mesmas circunstâncias
A filha caçula do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu autorização para ingressar no Colégio Militar de Brasília (CMB) sem passar pelo processo seletivo. O pedido, feito pelo mandatário em agosto deste ano, solicitou que Laura Bolsonaro ocupasse uma das 15 vagas para cursar o 6º ano em 2022 e foi aceito pelo Exército.
A admissão de dependentes de militares é permitida pela escola em alguns casos específicos, como oficiais transferidos de estado, designados para missão no exterior e do público geral, nesse casso com a exigência do processo seletivo. Anteriormente, o presidente já tinha comentado o pedido e, na ocasião, afirmou que Laura "tem direito por lei, até por questão de segurança". O filho da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) foi matriculado no colégio em Brasília sem passar por processo seletivo, também com a justificativa de "segurança".
Em nota, o Exército afirmou que foi o comandante da Força, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, indicado por Bolsonaro ao cargo que autorizou o ingresso. Segundo a instituição, o oficial autorizou uma "solicitação de matrícula em caráter excepcional". O texto destacou, ainda, que "faculta ao Comandante do Exército apreciar casos considerados especiais, ouvido o Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), conforme justificativa apresentada pelo eventual interessado".
"O DECEx apresentou parecer favorável à solicitação de matrícula. Posteriormente, o caso foi submetido ao Gabinete do Comandante do Exército para análise. Cumpridas as etapas anteriormente descritas, o processo foi levado ao Comandante do Exército, que emitiu despacho decisório deferindo a solicitação de matrícula em caráter excepcional", concluiu o comunicado.
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