Presidente Jair BolsonaroAFP

Cortejado publicamente por Progressistas e PL, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira que o Republicanos também está na bolsa de apostas para se tornar seu novo partido.
"Tem três partidos que me querem, fico muito feliz. São três namoradas, vamos assim dizer. Duas vão ficar chateadas. O PRB antigo nome do Republicanos, o PL, e o PP, e cada dia um tá na frente na bolsa de apostas", afirmou Bolsonaro a jornalistas após receber título honorário na cidade italiana de Anguillara Veneta. "Agora, iria para o PL, ontem, iria para o PP", acrescentou o chefe do Executivo, em tom de indecisão.
Muitos parlamentares da base aliada do governo são filiados ao Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, do pastor Edir Macedo.
Como mostrou a mais recente edição do Broadcast Político Report na sexta-feira, Bolsonaro se reuniu em seu gabinete com o presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira, na quinta-feira.
O presidente reconheceu, mais uma vez, que está atrasado para definir sua nova legenda. Falta menos de um ano para as eleições de 2022. "Eu tenho que ter um partido. Não pode ficar pra última hora essa questão aí", declarou. "Quem sabe essa semana mesmo saí, eu tenho que ver com as outras duas namoradas, não podem ficar muito chateadas comigo. Eu vou casar e vai ser com uma só", disse, em uma nova promessa de data para o anúncio.
Pelas contas de Bolsonaro, mais de 30 parlamentares devem acompanhá-lo na filiação ao novo partido. Hoje, parte da tropa de choque do governo na Câmara ainda está no PSL, partido pelo qual o presidente se elegeu em 2018, mas deixou após desentendimentos com a cúpula. É o caso do filho deputado, Eduardo Bolsonaro (SP) e das deputadas federais Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF).
Além disso, o PSL deve se tornar União Brasil após se fundir com o DEM. O processo aguarda validação da Justiça.