Presidente Jair Bolsonaro (sem partido)AFP

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi motivo de piada no programa "The Late Show", apresentado por Stephen Colbert, que tem grande audiência nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 3. O assunto foi a gafe que Bolsonaro cometeu durante uma conversa oficial na Itália, ao confundir o nome de John Kerry, que foi o representante do país para tratar de assuntos climáticos, com o do ator de comédia Jim Carrey. 
"Eu acho que ele realmente quis dizer Jim Carrey. Afinal, muitos países prometeram reduzir a emissão (de gases), mas eu digo: mentiroso!", afirmou Colbert, em referência ao filme "O mentiroso", estrelado pelo ator. Ele chegou a citar outros filmes de Jim Carrey como " todo poderoso" e "Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças", além de citar que era necessário ser "Debi & Loide" para acreditar nos chefes de Estado.
O presidente esteve em Anguillara Veneta, comuna da província de Pádua, no interior da Itália, onde nasceram e viveram seus antepassados. Lá, ele recebeu o título de cidadão honorário. A visita, porém, foi marcada por protestos, onde os manifestantes usaram faixas de "Fora, Bolsonaro", cartazes e camisetas com mensagens contrárias ao político brasileiro e à concessão do título honorário.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro vira alvo de piada na TV norte-americana. Há pouco mais de um mês, no dia 29 de setembro, um dos apresentadores mais assistidos dos EUA, Jimmy Fallon, que comanda o "The Tonight Show", ironizou o discurso do mandatário na Assembleia-Geral da ONU. 
"O primeiro líder a falar e tratar da pandemia foi ninguém menos que o presidente não vacinado do Brasil, Jair Bolsonaro. É como participar de uma conferência de perda de peso e ouvir: por favor, deem as boas-vindas ao nosso primeiro palestrante, o coronel Sanders", comentou Fallon, ao citar o fundador de uma das redes de fast-food mais famosas do mundo. 
Na ocasião, o discurso de Bolsonaro, que defendeu o "tratamento precoce" contra a covid-19 e foi contra o passaporte sanitário também foi comentado pela imprensa. O Washington Post afirmou que o chefe do Executivo fez "uma abertura desafiadoramente embaraçosa para um evento que deve se concentrar principalmente na resposta global à pandemia da covid-19", enquanto o The New York Times ressaltou a atitude do presidente em defender tratamentos comprovadamente ineficazes contra a doença: "teve uma das respostas mais criticadas do mundo à pandemia".