O julgamento do caso da Boate Kiss chega ao 4º dia neste sábado, quando devem ser ouvidos o empresário e organizador de eventos Alexandre Marques e o sobrevivente Maike Ariel dos Santos. Ao todo, quatro réus respondem por 242 homicídios com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, e 636 tentativas de homicídio, em referência à quantidade de feridos após o incêndio que atingiu a casa de shows em janeiro de 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
"Escutava gente gritando que era fogo e gente gritando que era briga. Não sabia o que estava acontecendo. Quando senti que era fogo mesmo, respirei fundo e tentei sair. Mas tinha gente empurrando porque a porta da cozinha era perto dos banheiros, e tinha gente imaginando que o banheiro era a saída", acrescentou. Relatos da época indicam que diversos corpos foram encontrados no banheiro após o incêndio.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Luciano foi a pessoa que comprou e ativou o fogo de artifício e que deu início ao incêndio e provocou a morte de 242 pessoas. Além dele, também são acusados os empresários e sócios da boate, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, e o músico Marcelo de Jesus dos Santos, que além das mortes também são investigados pela tentativa de homicídio de outras 636 que tiveram ferimentos com o incêndio.
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