Força-tarefa é integrada pela Polícia Federal (PF), Controladoria Geral da União (CGU) e Receita FederalAgência Brasil
"De julho de 2016 a julho de 2021, o município repassou R$ 82,3 milhões para a OS investigada. Também foi constatado que essa mesma Organização teria celebrado outros contratos relacionados à área de saúde com o município de Salvador por mais de dez anos, figurando como única participante nos certames", diz a PF
De acordo com a PF, as investigações tiveram início em março de 2019 e revelaram "fortes indícios de fraude" tanto na licitação que culminou na contratação da organização sob suspeita, para como na execução do acordo. "Apurou-se que a licitação aberta em 2016 foi especialmente direcionada para que a OS investigada fosse contratada. A organização sagrou-se vencedora, mesmo apresentando proposta em desconformidade com o edital", informou.
O contrato firmado para gestão da UPA Pirajá foi prorrogado quatro vezes e permaneceu em vigência até julho de 2021. A PF suspeita que ele teria sido superfaturado em cerca de R$ 4,5 milhões. Com relação à execução do contrato, a PF diz que "restou demonstrado que, entre julho de 2016 e julho de 2021, a organização social terceirizou parte dos serviços que deveria prestar à UPA para empresas constituídas em nome de 'laranjas'"
Os investigadores dizem que tais empresas não eram especializadas e estavam "vinculadas ao próprio grupo econômico que orbita entorno do instituto de saúde, tudo como forma de manter o domínio sob o dinheiro desviado". A PF diz ainda que as investigações avançam para "descortinar esquema paralelo de lavagem de dinheiro por intermédio das empresas subcontratadas e escritórios de advocacia".
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