A Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou informações sobre a morte de três crianças, vítimas de raiva humana, no período de um mês. A morte mais recente foi na última sexta-feira (29), de uma menina indígena de 12 anos. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital João Paulo II, em Belo Horizonte, desde o início de abril.
Outra vítima foi um menino da mesma idade que, segundo a SES-MG, foi mordido pelo mesmo morcego. Ao apresentar sintomas como vômitos, dores, febre e dificuldade para andar, foi encaminhado para a UPA de Teófilo Otoni, mas não resistiu.
Uma criança de 5 anos, que morava na mesma aldeia indígena das duas outras vítimas, também morreu de raiva humana. Apesar de não ter apresentado sintomas, o resultado da investigação feita pela SES-MG saiu dias depois, confirmando a causa. O caso segue sob investigação, já que a vítima não apresentava sinais de mordida.
Também na área rural de Bertópolis, um caso suspeito está sendo investigado desde o dia 21 de abril. Uma menina de 11 anos, com grau de parentesco com a segunda vítima, relatou sintomas como febre e dor de cabeça. A criança segue estável e em observação.
Devido ao aumento de casos, doses de vacinas antirrábicas foram enviadas ao local, através da Unidade Regional de Saúde de Teófilo Otoni. Até a quinta-feira passada (28), 982 moradores da comunidade rural de Bertópolis, de um total de 1.037, já tinham sido vacinados com a primeira dose da vacina contra a raiva humana.
“Outras 802 pessoas já tomaram a segunda dose, observando-se um intervalo de até sete dias. Na comunidade rural do município vizinho, Santa Helena de Minas, das 989 pessoas que residem no local, 593 foram vacinadas com a primeira dose”, informou a Secretaria de Saúde.
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