Polícia Federal diz que assassinos de Dom e Bruno agiram sozinhos
Duas pessoas foram presas até o momento, Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira
Colaborador do jornal inglês 'The Guardian', Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira foram mortos durante expedição pelo Vale do Javari, na Amazônia - Reprodução
Colaborador do jornal inglês 'The Guardian', Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira foram mortos durante expedição pelo Vale do Javari, na AmazôniaReprodução
A Polícia Federal emitiu um comunicando, nesta sexta-feira (17), informando que não houve mandante ou organização criminosa envolvida nos assassinatos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista Dom Phillips. A corporação alega que novas prisões podem ocorrer, mas que os responsáveis pelas mortes agiram sozinhos.
Duas pessoas foram presas até o momento, Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira. Pelado confessou o crime na quarta-feira (15). "As investigações também apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito. Por fim, [...] com o avanço das diligências, novas prisões poderão ocorrer", diz o comunicado. As informações foram divulgadas pela Globo News.
Na quinta, fontes ligadas às investigações informaram à Globo News que cinco suspeitos, incluindo um possível mandante, eram investigados. No entanto, não havia informações suficientes sobre esta pessoa. O comitê de crise da PF segue nas buscas pela embarcação utilizada pelo indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips.
O caso
O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian no Brasil estavam desaparecidos desde 5 de junho, na região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas.
De acordo com a coordenação da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno Pereira e Dom Phillips chegaram na sexta-feira (3) no Lago do Jaburu, nas proximidades do rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse entrevistas com indígenas.
Segundo a Unijava, no domingo (5), os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte, após parada na comunidade São Rafael, para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidado de Churrasco. No mesmo dia, uma equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca de Bruno e Dom, mas não os encontrou e eles foram dados como desaparecidos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.