Ministro Alexandre de MoraesFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto. A decisão foi publicada nesta terça-feira, 26. O homem foi preso em Belo Horizonte, Minas Gerais, na última sexta, 22, acusado de ameaçar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliados e ministros da Corte.
Ivan passou por uma audiência de custódia no sábado, 23, mas a Justiça decidiu por mantê-lo preso. A defesa recorreu ao STF e Moraes prorrogou a prisão a pedido da Polícia Federal e com a garantia da Procuradoria-Geral da República (PGR). A medida visa uma maneira de garantir a continuidade das investigações. A prisão foi divulgada no Blog Valdo Cruz.
Na decisão, Moraes alega que "os fatos apurados revelam que Ivan Rejane Fonte Boa Pinto utiliza suas redes sociais e aplicativos de mensagens para propagar e arregimentar pessoas para seu intento criminoso". O ministro disse ainda que "no dia da prisão, [o investigado] publicou novo vídeo reiterando as ameaças à segurança e a honorabilidade do Supremo".
A Polícia Federal também argumentou que com Ivan em liberdade "poderá ensejar sérios prejuízos à investigação, com possível supressão de provas, que podem ser localizadas com o término da análise do material apreendido ou mesmo a comunicação com outros membros do grupo, que ainda não foram identificados, causando a ineficácia das medidas investigativas". No momento da prisão os agentes apreenderam documentos e mídias.
Segundo o magistrado, "a extensão da prisão é necessária para assegurar que os investigadores possam avançar sobre toda a 'engenharia criminosa'", completou.