Presidente Lula recebe o chanceler alemão Olaf Scholz Ricardo Stuckert
Lula afirmou ter mais clareza atualmente para dizer cabalmente que a Rússia cometeu "um erro", mas ponderou ter ouvido pouco sobre como chegar à paz. "A razão dessa guerra entre Rússia e Ucrânia precisa ficar mais clara", declarou o presidente. Em uma postura nacionalista, a Rússia invadiu a Ucrânia para evitar a adesão do país vizinho à Otan e frear a aproximação com o Ocidente.
O petista se disse disposto a, se preciso for, conversar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. Logo após a declaração de Lula, Scholz afirmou que a Alemanha tem uma posição clara, que é contrária à invasão da Ucrânia.
No Palácio do Planalto, Lula reforçou que o Brasil deseja fazer parte do Conselho de Segurança da ONU, que não mais representaria a realidade geopolítica mundial e é incapaz de evitar guerras. Isso seria possível, disse o presidente, a partir do G-4, formado por Brasil, Alemanha, Índia e Japão. "Queremos que o Conselho de Segurança da ONU tenha força e mais representatividade", disse o petista.
Apesar da posição expressa nesta segunda-feira, a opinião de Lula a respeito do conflito causou polêmica quando a guerra despontou, no ano passado. Em entrevista à revista americana Time em maio de 2022, o então pré-candidato à Presidência afirmou que Zelenski "é tão responsável quanto o Putin" pela invasão russa.
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