Quarta fase da operação Lesa Pátria cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em cinco estados e no DFDivulgação/Polícia Federal

Brasília - A Polícia Federal madrugou e deflagrou na manhã desta sexta-feira, 3, a quarta fase da operação Lesa Pátria em cinco estados: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e São Paulo, além do Distrito Federal. Ao todo, a PF cumpre três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, contra suspeitos de participar, financiar ou fomentar os atos golpistas protagonizados no 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília. 
Na ocasião, terroristas que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram, depredaram e saquearam as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF. O prejuízo com atos criminosos nas sedes dos Três Poderes pode chegar a R$ 20 milhões. Em Rio Verde, Goiás, a PF prendeu Lucimário Benedito Camargo, conhecido como 'Mário Furacão'. Ele é empresário e presidente Confederação de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Verde.
Em Rondônia, o ex-candidato a deputado estadual William Ferreira da Silva, conhecido como 'Homem do Tempo', foi preso. Assim como 'Mário Furacão', ele publicou, em tempo real, gravações durante invasão
à sede do STF.
Em Brasília, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão no endereço de policial legislativo do Senado, investigado como suspeito de facilitar a ação dos golpistas durante a invasão à Casa e a uma advogada que teria recolhido celulares de bolsonaristas presos durante o ataque terrorista.


Na abertura do ano judiciário no Brasil, a ministra e presidente do STF, Rosa Weber, reiterou na quarta-feira, 1º, que os golpistas identificados e presos preventivamente serão punidos no rigor da lei. A operação Lesa Pátria é tratada pela PF como permanente. 
Desde o dia 20 de janeiro, os agentes têm cumprido mandados de buscas e apreensões em todo país com base na prática dos seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Entre as autoridades investigadas, por omissão e/ou incitação aos ataques de 8 de janeiro, foi preso preventivamente o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, enquanto o governador Ibaneis Rocha (MDB) foi afastado do cargo pelo período mínimo de 90 dias.