Sala de aula vazia da Escola Estadual Terezine Arantes Ferraz Bibliotecaria, no Parque Casa de Pedra, zona norte da capitalRovena Rosa/Agência Brasil
Para contribuir no combate da evasão no Ensino Médio, a Firjan SESI firmou parceria estratégica com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Graças a essa parceria foi possível reunir quase 100 experiências nacionais e internacionais para que sirvam de referência e inspiração para gestores públicos.
Apoio financeiro a alunos da baixa renda
Distorção idade-série, baixo aprendizado, desigualdade social e econômica, falta de orientação sobre carreiras e, como consequência, um baixo engajamento dos alunos com os estudos. Esses são alguns dos principais obstáculos a serem vencidos na luta contra a evasão de jovens do Ensino Médio brasileiro - caracterizado pela baixa qualidade do ensino e elevadas taxas de reprovação e evasão.
“Identificamos iniciativas que podem contribuir de maneira decisiva para o combate à evasão, como apoio financeiro para pagamento de bolsas para manter ou atrair de volta à escola alunos de baixa renda; ambientes de aprendizagem inovadores e acolhedores que mantenham os jovens motivados; apoio à gestão escolar e valorização dos professores; projetos de ajuda à transição para o mundo do trabalho que conjugam estudo com o início de uma experiência profissional; apoio psicológico e à aprendizagem, entre outros”, elencou professora Andrea Marinho, assessora e coordenadora técnica do estudo pela Firjan SESI.
Boas práticas
Entre os casos de sucesso, há o ‘Becoming a Man’, de Chicago (EUA), que proveu os estudantes de áreas mais pobres com apoio psicológico para evitar a tomada de decisões precipitadas que os colocassem em risco. O resultado reduziu as prisões entre 28 e 35% e aumentou a taxa de conclusão do Ensino Médio em 19%. No Rio de Janeiro, entre 2011 e 2016, o ‘Renda Melhor Jovem’ remunerava os alunos em R$ 700 ao término do 1º ano do Ensino Médio. O valor aumentava a cada ano a mais concluído. O índice de evasão foi reduzido em 33% entre o público-alvo de baixa renda.
Retrato da evasão e desigualdade:
• 46% dos alunos do 1/5 mais pobre da população concluem o Ensino Médio X 94% dos estudantes do 1/5 mais rico
• 12,3% dos brasileiros aos 15 anos têm habilidades suficientes em Matemática X 48,2% dos países da OCDE*
• 60,37% completam o Ensino Médio até 24 anos no Brasil X 93,4% no Chile
• 135 bilhões de reais: ganho econômico por ano no BR se taxa de conclusão do EM fosse igual à chilena
Para acessar o estudo completo e suas referências acesse: http://firjan.com.br/combateevasaoescolar
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