Ex-presidente Jair BolsonaroFabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Publicado 29/06/2023 08:32 | Atualizado 29/06/2023 08:36
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai acompanhar do Rio de Janeiro o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira, 29, que pode torná-lo inelegível por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A sessão será iniciada às 9h.
Ainda não se sabe de onde o ex-chefe do Executivo acompanhará o julgamento. Ele mora com a família em uma casa alugada pelo Partido Liberal em Brasília, mas também mantém uma residência em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Até agora, apenas o relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves, votou pela inelegibilidade de Bolsonaro. Após o posicionamento do relator, o julgamento foi suspenso. Os demais ministros votarão na seguinte ordem: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e, por último, Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Para formar maioria são necessários quatro votos.
Há chances ainda de haver um pedido de vista, quando um ministro fica com o processo por até 30 dias para melhor análise, o que pode ser prorrogado por mais 30 dias. Neste caso, a ação voltaria automaticamente para julgamento após o término do prazo.
O Tribunal julga uma ação na qual o Partido Democrático Trabalhista (PDT) acusa Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A legenda contesta a legalidade da reunião realizada pelo ex-presidente com embaixadores em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.
Bolsonaro ficou ausente das duas primeiras sessões do julgamento na sede do TSE, em Brasília. Na última terça-feira, 27, o ex-presidente disse que não iria se "desesperar" com a possibilidade de se tornar inelegível. O ex-chefe do Executivo ainda afirmou que é "imbrochável até que se prove o contrário" e que tem "bala de prata" para 2026.

"A tendência, o que todo o mundo diz, é que eu vou me tornar inelegível", afirmou, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da 'Folha de S. Paulo'. "Eu não vou me desesperar. O que que eu posso fazer?", acrescentou.

"Eu sou imbrochável até que se prove o contrário. Vou continuar fazendo a minha parte", respondeu, ao ser questionado sobre como ele se sentia em relação ao assunto.

Quando perguntado se ele acha que seria possível reverter a inelegibilidade no futuro, Bolsonaro disse que conhece a "composição das Cortes superiores" — que mudam ao longo dos anos e dependendo das indicações de quem estiver no poder — e que acredita na possibilidade.

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