O ex-candidato à Presidência da República, Ciro GomesJosé Cruz/Agência Brasil
Ciro Gomes comemora inelegibilidade de Bolsonaro: 'Fez-se justiça'
PDT é autor do pedido que fez com que o ex-presidente perdesse a chance de se eleger
O ex-ministro e ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, comemorou a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-chefe do Executivo está impedido de concorrer nas eleições municipais e federais até 2030.
O PDT, partido de Gomes, moveu a ação contra Bolsonaro, alegando que o ex-presidente cometeu abuso do poder político e dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, quando ele atacou, sem provas, as urnas eletrônicas e o TSE.
“Fez-se justiça! Quando nós do PDT pedimos providências ao TSE, queríamos proteger a democracia e punir o abuso de poder político praticado por Bolsonaro. Bolsonaro inelegível por império da lei”, escreveu o ex-ministro nas redes sociais.
Ele complementou dizendo que espera que o governo atual, de Luiz Inácio Lula da Silva, seja diferente do governo Bolsonaro.
“O que espero é que, de hoje em diante, tenhamos os brasileiros direito de cobrar de nosso governo mudanças profundas na vida política e econômica do Brasil, sem o oportunismo de a tudo termos que engolir porque senão… ‘Bolsonaro voltaria'”.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, também celebrou o resultado do julgamento de Bolsonaro no TSE e disse que "tem orgulho de trabalhar ao lado da Justiça brasileira".
"A justiça foi feita! O belzebu (Bolsonaro) desrespeitou e atentou contra a democracia e a vida dos brasileiros, e está enfrentando as consequências. O PDT trabalhou arduamente com a justiça brasileira para cumprir nossa responsabilidade histórica contra os antidemocráticos. Vencemos!", disse o presidente da legenda.
O Tribunal Superior Eleitoral condenou Bolsonaro pela propagação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas na última sexta-feira (30). O julgamento encerrou com o placar de 5 a 2 contra o antigo mandatário do país.
Além do relator, ministro Benedito Gonçalves, os magistrados Floriano Marques Neto, André Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre Moraes votaram pela condenação. Os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques abriram divergência e pediram a absolvição do ex-presidente.