O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) decidiu manter em prisão preventiva — sem prazo de duração — o policial militar acusado de matar um funcionário terceirizado da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em São Paulo. A morte ocorreu na última quinta-feira, 13, após uma placa de sinalização, que estava sendo colocada pelo trabalhador cair e atingir a motocicleta em que estavam o PM e um amigo.
Segundo testemunhas, Alberes Fernandes de Lima estava pendurando faixas de sinalização em uma avenida quando uma delas teria se soltado em razão de ventos intensos causados pela passagem de um ciclone extratropical. O objeto se desprendeu e atingiu a motocicleta que o policial conduzia.
Após forte discussão, o PM sacou a arma e atirou na cabeça do trabalhador. A vítima chegou a ser socorrida e levada para o Pronto Socorro de Santana, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixa quatro filhos e esposa.
A morte do funcionário fez com que moradores da zona norte da capital paulista, onde o trabalhador residia, realizassem manifestações nas últimas duas noites. Eles atearam fogo em objetos e interromperam o trânsito de veículos na Rodovia Fernão Dias. Os protestos foram combatidos pela polícia, que utilizou bombas de gás e balas de borracha.
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